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Governo indiano demite todo o conselho de administração da Satyam

O Governo indiano decidiu demitir todo o conselho de administração da Satyam. Esta decisão ocorre dois dias após o presidente da empresa ter admitido que falsificou as contas da empresa durante anos. Este é um dos maiores escândalos financeiros ocorridos no país.

09 de Janeiro de 2009 às 18:27
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O Governo indiano decidiu demitir todo o conselho de administração da Satyam. Esta decisão ocorre dois dias após o presidente da empresa ter admitido que falsificou as contas da empresa durante anos. Este é um dos maiores escândalos financeiros ocorridos no país.

Numa conferência de imprensa concedida ontem o CEO Ram Mynampati afirmou aos jornalistas que ele e os outros membros do Conselho de Administração não tinham conhecimento da fraude financeira. "O nosso único objectivo agora é garantir que o negócio continua", disse Mynampati.

No entanto, o Executivo indiano optou por demitir todos os membros do conselho de administração. O presidente Ramalinga Raju tinha já apresentado a sua demissão na quarta-feira, dia em que enviou uma carta aos accionistas onde admitia que tinha falsificado as contas da empresa.

O Governo deverá anunciar o novo conselho de administração dentro de dez dias. "O Governo está a escolher as pessoas adequadas para ocupar os cargos da administração", disse o ministro dos Assuntos Empresariais, Prem Chand Gupta, citado pela BBC.

"Estamos determinados em apurar a verdade mas estamos, igualmente, preocupados com as consequências desta situação para os colaboradores e accionistas", acrescentou o responsável. Alguns analistas defendem já que o futuro da empresa pode estar em dúvida.

De acordo com a BBC, o presidente da Satyam deverá comparecer amanhã no regulador do mercado indiano.

O "The Times of India" noticiou, entretanto, que Srinivas Vadlamani, director financeiro da empresa, que alegadamente também está envolvido neste escândalo, tentou suicidar-se esta manhã.

A porta-voz da empresa desmentiu, no entanto, esta tentativa de suicídio, mas questionada sobre o paradeiro de Vadlamani respondeu apenas: "Não sabemos onde ele está".

Na carta que enviou aos accionistas, Raju não absolveu o director financeiro da empresa. O nome de Vadlamani era o único que faltava na lista das pessoas "que não tinham conhecimento da situação real".

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