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Governo francês compra 31,5% da Alstom para evitar falência da empresa
O Governo francês vai ajudar a evitar a falência da Alstom, a empresa de engenharia, transportes e serviços francesa, comprando 31,5% do seu capital.
O Estado francês ficará, no âmbito do processo de reestruturação, o maior accionista da Alstom, com 31,5%, pagando, para o efeito, 1,25 euros por acção. O pacote de salvamento inclui um financiamento de 3,5 mil milhões de euros e mais 3,5 mil milhões em garantias.
A Alstom emprega, em França, 27 mil pessoas e, com esta ajuda do Estado francês, a empresa é, por agora, salva da falência.
Esta é já a segunda vez que Paris sai em auxílio de empresas francesas, depois de, em Dezembro do ano passado, ter avançado com um empréstimo de nove mil milhões de euros para salvar a France Télécom.
O Estado já deu também uma ajuda à Electricité de France (EdF). Mas no caso da Alstom é a primeira vez em 20 anos que o Estado francês intervém directamente, entrando mesmo no capital da empresa.
A empresa, cujas acções estão suspensas em bolsa há dois anos, vai retomar as negociações às 11h30. Cada acção da Alstom perdeu cerca de 90% do seu valor desde que em 1998 entrou em bolsa. A Alstom tem, actualmente, uma capitalização bolsista de 867,5 milhões de euros.
O director executivo da empresa, Patrick Kron, avançou em Março para a presidência da empresa na tentativa de salvá-la da falência. Nessa altura, lançou um programa de venda de activos para pagar uma dívida que atinge os 4,9 mil milhões de euros, sendo os seus credores principais o BNP Paribas, Société Generale e o Credit Agricole.