O Governo está a estudar três alternativas à reestruturação do sector energético português, depois de ter tido conhecimento que a Comissão Europeia propôs chumbar a aquisição da Gás de Portugal pela EDP, disse Álvaro Barreto.

Segundo o Ministro das Actividades Económicas, a partir do momento em que o Governo português foi informado, informalmente, da proposta da Comissão Europeia de chumbar o negócio, o Executivo já está a trabalhar em três soluções alternativas.

O comissário da Concorrência, Mário Monti, subscreveu o parecer dado pelos seus serviços, no sentido de não autorizar a compra da Gás de Portugal pela Energias de Portugal e pela ENI, disse hoje Álvaro Barreto.

O ministro das Actividades Económicas revelou hoje, num almoço na Associação Portuguesa de Energia, ter recebido a informação verbal de Bruxelas de que os serviços da concorrência tinham dado o parecer negativo à operação.

Álvaro Barreto não quis revelar quais as opções que estão a ser estudadas, mas afirmou que espera chegar a essa alternativa no final do primeiro trimestre do próximo ano.

O ministro não quis especificar quais as divergências que levaram o Comissário Mário Monti a recomendar o chumbo do negócio, aguardando pelo documento oficial para se pronunciar sobre o assunto.

A reestruturação do sector energético português foi desenhado quando era Durãa Barroso o primeiro-ministro de Portugal, e será agora a Comissão por si liderada que vai ter uma decisão final sobre esta matéria. O mandato de Mário Monti, Comissário da Concorrência, termina hoje.

A reestruturação implicava a separação do negócio de gás da Galp energia, que se centraria nos petróleo, com a EDP e a ENI a saírem da estrutura accionista da Galp para passarem a controlar a Gás de Portugal.