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Governo espanhol impõe restrições ao BBVA

O Governo espanhol impôs ao Banco Bilbao Viscaya Argentária (BBVA) o limite de 3% às suas participações na área dos media, telecomunicações e electricidade, sob suspeita de violação da liberdade de concorrência.

03 de Março de 2000 às 19:48
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O Governo espanhol impôs ao Banco Bilbao Viscaya Argentária (BBVA) o limite de 3% às suas participações na área dos media, telecomunicações e electricidade, sob suspeita de violação da liberdade de concorrência. Este anúncio foi o resultado da avaliação pelo Tribunal da Defesa da Concorrência (TDC) das participações que o BBVA detém em áreas tão vastas como as comunicações, os média e a eléctricidade, considerando-as demasiado elevadas.

A suspeita do TDC surgiu aquando da aquisição do BBVA, que recorde-se resultou da fusão entre o Banco Bilbao Vizcaya (BBV) e o Argentaria, de uma parte significativa da Telefónica, no passado mês de Fevereiro. Da análise efectuada concluíu-se que as participações, directas e indirectas, no sector das telecomunicações e media não se encontram de acordo com a lei, o que obriga o BBVA a proceder a um desinvestimento.

O BBVA detém 9,12% da Telefónica que é a principal accionista da Via Digital e Antena 3, e 11,73% na Sogecable, accionista maioritário do Canal Satélite Digital e Canal Plus. O banco espanhol conta também com uma participação de 12,52% na Iberdrola e 2,95% na Endesa, nas quais pertence ao conselho de administração, pelo que o Presidente do BBVA, Francisco González, foi forçado a anunciar a sua demissão na Endesa.

O ministro da economia Espanhol, Rodrigo Rato, anunciou que o BBVA só poderá designar pessoal para o conselho de adiministração na principal empresa que detém de cada sector. Rodrigo Rato explicou também que as medidas impostas ao BBVA são similares às colocadas ao BSCH e cuja vigência permanecerá por cinco anos, prazo durante o qual o BBVA se compromete a anunciar ao TDC qualquer mudança de detenção de participações. O BBVA deverá assim, apresentar dentro de dois meses, ao TDC, um plano de desinvestimento nas empresas em que detém participações acima do permitido. A sua proposta será mantida em segredo e a sua análise será efectuada também no prazo de dois meses.

Recorde-se também que o BBVA detém participações em empresas como a Repsol, Carrefour, Bodegas e Bebidas, Hispasar, Iberia, entre outras.

O BBVA fechou hoje nos 15,25 euros (3.057 escudos), registando uma valorização de 0,39%.

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