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Governo escusa-se a "especular" sobre entrada Gazprom na Galp Energia
O ministro da Economia, Manuel Pinho, escusou-se hoje, em Bruxelas, a comentar a hipótese de a petrolífera russa Gazprom comprar uma participação na Galp Energia, afirmando que não quer "especular sobre cenários".
O ministro da Economia, Manuel Pinho, escusou-se hoje, em Bruxelas, a comentar a hipótese de a petrolífera russa Gazprom comprar uma participação na Galp Energia, afirmando que não quer "especular sobre cenários".
"Têm saído notícias muito confusas, a imprensa diz que se passaram algumas coisas, depois essas coisas são negadas... É uma questão accionista e ao nível da Galp não há uma ideia clara do que está a suceder", afirmou o ministro, à margem de uma conferência sobre uma política energética externa da União Europeia com vista a assegurar a segurança do fornecimento.
Manuel Pinho indicou ainda que a accionista Amorim Energia, através da qual se daria a entrada indirecta da Gazprom na Galp Energia, "não comunicou" ao governo a intenção de avançar para este negócio.
Escusando-se assim a "especular sobre cenários", Manuel Pinho apontou todavia que "existe sem dúvida um problema estratégico em torno do gás" e é necessário que Portugal "assegure a fonte desse tipo de energia".
"Os grandes fornecedores de gás de Portugal são a Argélia e a Nigéria, como é conhecido. Fornecedores adicionais seguramente que são algo de positivo", apontou, acrescentando que "diversificar as fontes de abastecimento é importante não só para o fornecimento do gás, mas para outro tipo de matérias-primas".
Na semana passada, o "Diário Económico" noticiou que Américo Amorim chegou a acordo com a Gazprom, a maior produtora de gás natural do Mundo, para a entrada da petrolífera russa no capital da Galp, de forma indirecta, via uma das "holdings" através da qual o empresário detém 33,34% da Galp.
O acordo foi entretanto negado pela Gazprom, que admitiu no entanto "contactos" com diversas empresas, entre as quais a Galp, tendo hoje o "Diário Económico" noticiado que o acordo afinal ainda não foi selado, devido ao preço a pagar pela petrolífera russa, mas que toda a vertente operacional do negócio está encerrada.
O "Expresso", na passado Sábedo, noticiou que a Sonangol confirmava as negociações para vender uma parte do capital da Galp à empresa russa, que poderia adquirir até 6,6% do capital da companhia portuguesa, através da aquisição de uma parcela de 20% na Amorim Energia.