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Governo da Madeira diz que há interessados em viabilizar empresa de lacticínios

O Governo Regional da Madeira anunciou que há "potenciais interessados" em viabilizar a Indústria de Lacticínios da Madeira (ILMA), cuja maioria dos credores aprovou hoje o encerramento da empresa e a liquidação do património.

03 de Setembro de 2013 às 22:32
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"É do conhecimento do Governo Regional a existência de potenciais interessados em viabilizar a empresa, cujas propostas estão dependentes das análises em curso", lê-se num comunicado da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais.

 

No mesmo comunicado, a secretaria informa que "apesar da deliberação hoje tomada, não é definitiva a decisão de encerrar a ILMA, dado que, nos termos da Lei, pode a empresa ser viabilizada, desde que, proximamente, surja proposta nesse sentido, aceite pelos credores".

 

"Apesar de a viabilização da empresa estar dependente da existência de propostas e da aceitação dos respectivos credores e, portanto, fora dos poderes do Governo Regional, tal como até aqui, este continuará a fazer para que seja encontrada a solução que viabilize a empresa, em prol da economia e do emprego na região", acrescenta a secretaria.

 

A maioria dos credores aprovou hoje o encerramento da ILMA, situação que atira para o desemprego cerca de 60 trabalhadores, e votou também favoravelmente a liquidação do seu património.

 

Após a assembleia de credores, que decorreu no Tribunal Judicial do Funchal, o responsável do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Alimentares de Conservas do Centro Sul e Ilhas, Maria José Afonseca, adiantou que neste momento estão na empresa cerca de 60 trabalhadores que "aguardavam sempre com fé que a ILMA ia manter-se".

 

Segundo a sindicalista, os trabalhadores da unidade, onde a região detém dois por cento do capital social, "têm, desde 2010, subsídios de férias e de Natal em todos os anos" a receber e, este ano, "ainda não receberam praticamente senão um salário".

 

O administrador de insolvência, Pedro Ortins de Bettencourt, que em Julho anunciou que a sua proposta era o encerramento da empresa, admitiu que a "generalidade" dos créditos laborais, num total de créditos reconhecidos na ordem dos 9,1 milhões de euros, será satisfeita com a venda do património.

 

"Pessoalmente parece-me que, pelo menos, o grosso dos créditos dos trabalhadores acabará por ser satisfeito com a venda do património", afirmou, adiantando: "Agora não é uma boa notícia, uma boa notícia era conseguirmos assegurar a transmissão, que houvesse um interessado na aquisição do todo, do bolo completo, e que a ILMA continuasse a laborar e a produzir na Madeira".

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