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Governo aprova concessão da Silopor à ETE
Despacho do Governo confirmando a vitória da Empresa de Tráfego e Estiva (ETE) já foi assinado, abrindo caminho para um negócio que dará ao Estado uma receita extraordinária de 40 milhões de euros este ano.
O Ministério das Finanças já aprovou o despacho que confirma a adjudicação à ETE – Empresa de Tráfego e Estiva da concessão da Silopor, empresa que detém os terminais de descarga e armazenamento de cereais na Trafaria e no Beato, depois de um processo que se arrastava há anos e no qual a ETE enfrentou a concorrência de Manuel Champalimaud, entre outros candidatos.
Segundo avançam esta sexta-feira o “Diário Económico” e o “Público”, o despacho que confirma o resultado do concurso de 2011, então favorável à ETE, já foi assinado e dado a conhecer à Silopor, mas será ainda necessário que a concessão seja aprovada em Conselho de Ministros e pela Autoridade da Concorrência (AdC).
O negócio irá render ao Estado 40 milhões de euros este ano, acrescidos de 125 milhões de euros ao longo dos 25 anos da concessão. A ETE ganhará uma capacidade de armazenagem de 340 mil toneladas, distribuídas pela Trafaria (200 mil), Beato (120 mil) e Vale de Figueira (20 mil).
O presidente da Silopor, Abel Vinagre, disse ao “Diário Económico” que “esta é uma actividade altamente lucrativa”. Segundo o “Público”, a Silopor, que em 2009 havia tido um prejuízo de meio milhão de euros, passou ao lucro nos últimos anos, apresentando resultados positivos de 708 mil euros em 2010, de 2,26 milhões de euros em 2011 e de 1,6 milhões de euros em 2012.
O concurso, que agora se aproxima de uma decisão final, chegou a atrair seis empresas. Além da ETE, participaram a Sogestão (de Manuel Champalimaud), o Terminal Multiusos do Beato, a Nutrinveste, a Ership e o consórcio que juntou a Mota-Engil, Socarpor e Tertir. Após a escolha da ETE, em 2011, houve várias providências cautelares contestando o resultado do concurso.