Notícia
Governo lança apelo para consórcios no têxtil, calçado e resina
Os consórcios, cujas propostas começarão a ser analisadas a partir de agosto, devem incluir empresas, centros de investigação, universidades, organizações não governamentais, todos envolvidos na procura de mecanismos para ciclos de produção menos destruidores para o ambiente.
10 de Maio de 2021 às 19:11
O governo lançou hoje um apelo para a constituição de consórcios nos setores têxtil, vestuário e resina natural, setores para os quais há 129 milhões de euros para investir em inovação para produzir de forma ecologicamente sustentável.
"São setores com uma fortíssima representação na economia portuguesa que envolvem territórios com algum significado, particularmente a resina", disse à agência Lusa o ministro do Ambiente e Ação Climática, assinalando que apesar de o têxtil e o calçado terem "progredido muito nos últimos anos, como setores industriais são ainda hoje provocadores da degradação dos recursos.
O apelo para a constituição de consórcios para encontrar novos materiais e processos de fabrico inclui-se na estratégia de bioeconomia que é um dos objetivos do Plano de Recuperação e Resiliência europeu, em que se preveem 71 milhões de euros para o têxtil/vestuário, 41 milhões para o calçado e 17,5 milhões para a resina natura.
Os consórcios, cujas propostas começarão a ser analisadas a partir de agosto, devem incluir empresas, centros de investigação, universidades, organizações não governamentais, todos envolvidos na procura de mecanismos para ciclos de produção menos destruidores para o ambiente.
"A nossa expectativa é termos aqui, não só as entidades de inovação e investigação, mas também as indústrias. A diferença entre os 129 milhões que estamos a pôr em aviso e os 200 milhões de investimento que acreditamos ser capazes de gerar é uma componente mais ligada à produção do que à investigação e inovação", afirmou João Pedro Matos Fernandes.
Ao nível dos materiais, indicou a utilização de fibras celulósicas como alternativa aos plásticos no vestuário, os biocouros no calçado e a utilização de resina para fabricar tintas e vernizes como alternativas a explorar.
"É importante fazer esta aposta. Acreditamos profundamente que a Europa tem que se reindustrializar e a pandemia provou a necessidade de ter cadeias [de abastecimento] curtas aproveitando os recursos que temos", destacou.
Os consórcios que se candidatem a estes fundos deverão apresentar projetos de investigação, desenvolvimento e inovação desde a investigação até à colocação no mercado, desenvolver bases de dados, fazer formação e promover os produtos nos mercados externos, entre outras vertentes.
"São setores com uma fortíssima representação na economia portuguesa que envolvem territórios com algum significado, particularmente a resina", disse à agência Lusa o ministro do Ambiente e Ação Climática, assinalando que apesar de o têxtil e o calçado terem "progredido muito nos últimos anos, como setores industriais são ainda hoje provocadores da degradação dos recursos.
Os consórcios, cujas propostas começarão a ser analisadas a partir de agosto, devem incluir empresas, centros de investigação, universidades, organizações não governamentais, todos envolvidos na procura de mecanismos para ciclos de produção menos destruidores para o ambiente.
"A nossa expectativa é termos aqui, não só as entidades de inovação e investigação, mas também as indústrias. A diferença entre os 129 milhões que estamos a pôr em aviso e os 200 milhões de investimento que acreditamos ser capazes de gerar é uma componente mais ligada à produção do que à investigação e inovação", afirmou João Pedro Matos Fernandes.
Ao nível dos materiais, indicou a utilização de fibras celulósicas como alternativa aos plásticos no vestuário, os biocouros no calçado e a utilização de resina para fabricar tintas e vernizes como alternativas a explorar.
"É importante fazer esta aposta. Acreditamos profundamente que a Europa tem que se reindustrializar e a pandemia provou a necessidade de ter cadeias [de abastecimento] curtas aproveitando os recursos que temos", destacou.
Os consórcios que se candidatem a estes fundos deverão apresentar projetos de investigação, desenvolvimento e inovação desde a investigação até à colocação no mercado, desenvolver bases de dados, fazer formação e promover os produtos nos mercados externos, entre outras vertentes.