Notícia
Glovo suspende comissões aos restaurantes que adiram à plataforma até 2021
A Glovo, que entrega comida ao domicilio, anunciou esta quinta-feira suspender a cobrança de comissões aos restaurantes que aderirem a esta plataforma até 2021, no mesmo dia em que foi acusada de abuso de poder de mercado pela Deco/Proteste.
12 de Novembro de 2020 às 17:16
A comissão do restaurante cobrada pela Glovo, e que corresponde à utilização da tecnologia, serviços de marketing e acesso ao serviço de entrega, entre outros, varia entre 5% e 35%, mas segundo Ricardo Batista, country manager da Glovo, "nunca superiores" a 35%.
"Cientes da situação que muitos deles estão a atravessar, decidimos eliminar as comissões de todos os parceiros que aderem à nossa plataforma até 2021, assumindo internamente o que isso significa a nível económico", acrescentou, numa resposta à Lusa, lembrando que a plataforma permite a ligação automatica a uma rede existente de clientes.
A Deco/Proteste, em comunicado divulgado, acusou a Glovo e UberEats de abuso de poder de mercado, na cobrança de taxas à restauração, e de harmonização nas taxas cobradas à restauração, tendo exposto a situação à Autoridade da Concorrência (AdC).
Aquela organização que desenvolve estudos e pareceres na área de defesa do consumidor fala mesmo numa "pressão exercida pela Glovo e UberEats sobre os restaurantes, através das elevadas comissões, tem impacto para os consumidores, seja no aumento de preços, seja na oferta disponibilizada", contestando o que chama uma "harmonização de taxas em alta".
Após uma análise aos acordos das plataformas de entrega de refeições, a Deco-Proteste constatou que as comissões cobradas pela UberEats aos vendedores para o serviço (comissão), variava entre os 15% e os 30% e que, a par deste valor, existiam uma "taxa de ativação" e/ou um "taxa por danos" e/ou uma "taxa de assinatura" por cada artigo vendido através da plataforma.
Já as comissões cobradas pela plataforma Glovo aos vendedores atingiam 35% sobre as vendas obtidas pelos comerciantes através da app, contudo o 'contrato de partner Glovo para utilização da app' tem ainda uma cláusula que determina que esta taxa se aplica "sem prejuízo das restantes condições financeiras".
"A Deco Proteste exige a revisão das taxas aplicadas, alertando que os valores taxados por ambas as plataformas importam o esmagamento das margens de rentabilidade dos restaurantes -- conduzindo mesmo a situações de prejuízo, ou o aumento dos preços, com efeito para os consumidores", conclui também no comunicado hoje divulgado.
Já a UberEats, empresa de entrega de refeições, reagiu às acusações da organização Deco/Proteste, afirmando estar empenhada "em apoiar os restaurantes".
"Estamos empenhados em apoiar os restaurantes e as milhares de pessoas que deles dependem para trabalhar, sendo este um serviço essencial neste momento difícil", afirmou fonte oficial da Uber, em resposta escrita à Lusa.
"Cientes da situação que muitos deles estão a atravessar, decidimos eliminar as comissões de todos os parceiros que aderem à nossa plataforma até 2021, assumindo internamente o que isso significa a nível económico", acrescentou, numa resposta à Lusa, lembrando que a plataforma permite a ligação automatica a uma rede existente de clientes.
Aquela organização que desenvolve estudos e pareceres na área de defesa do consumidor fala mesmo numa "pressão exercida pela Glovo e UberEats sobre os restaurantes, através das elevadas comissões, tem impacto para os consumidores, seja no aumento de preços, seja na oferta disponibilizada", contestando o que chama uma "harmonização de taxas em alta".
Após uma análise aos acordos das plataformas de entrega de refeições, a Deco-Proteste constatou que as comissões cobradas pela UberEats aos vendedores para o serviço (comissão), variava entre os 15% e os 30% e que, a par deste valor, existiam uma "taxa de ativação" e/ou um "taxa por danos" e/ou uma "taxa de assinatura" por cada artigo vendido através da plataforma.
Já as comissões cobradas pela plataforma Glovo aos vendedores atingiam 35% sobre as vendas obtidas pelos comerciantes através da app, contudo o 'contrato de partner Glovo para utilização da app' tem ainda uma cláusula que determina que esta taxa se aplica "sem prejuízo das restantes condições financeiras".
"A Deco Proteste exige a revisão das taxas aplicadas, alertando que os valores taxados por ambas as plataformas importam o esmagamento das margens de rentabilidade dos restaurantes -- conduzindo mesmo a situações de prejuízo, ou o aumento dos preços, com efeito para os consumidores", conclui também no comunicado hoje divulgado.
Já a UberEats, empresa de entrega de refeições, reagiu às acusações da organização Deco/Proteste, afirmando estar empenhada "em apoiar os restaurantes".
"Estamos empenhados em apoiar os restaurantes e as milhares de pessoas que deles dependem para trabalhar, sendo este um serviço essencial neste momento difícil", afirmou fonte oficial da Uber, em resposta escrita à Lusa.