A Galp vai continuar a investir em novas pesquisas de petróleo no Brasil, anunciou a sua subsidiária Petrogal no Fórum Portugal 2008, promovido pela Fundação Luso-Brasileira no Rio de Janeiro.

A empresa já investiu 270 milhões de dólares em quatro campos do pré-sal e, de acordo com declarações do presidente da empresa no Brasil, Ricardo Peixoto, irá continuar a investir em novos projetos, salienta o "site" brasileiro "Diário Digital".

Actualmente, a Petrogal tem 10% do campo de Tupi, 20% do Júpiter, 14% do Bem-Te-Vi e 20% do Caramba, em consórcio com a Petrobras e outras empresas.

Por outro lado, Álvaro Ribeiro, diretor da Partex, do grupo Fundação Calouste Gulbenkian, também presente no Brasil, disse que a empresa portuguesa irá investir entre 60 e 70 milhões de dólares em cada um dos dois poços que irá perfurar num outro bloco do pré-sal, o BMS-10, em consórcio com a Petrobras e a Shell, refere o "Diário Digital".

A responsável pelo departamento de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou entretanto, no mesmo evento, que é preciso "conter o entusiasmo" ao falar da possibilidade de um novo megacampo de petróleo e gás na Bacia de Santos.

"Como se pode falar antes de [a perfuração do poço] ter atingido a camada pré-sal?", questionou aquela responsável, citada pela mesma fonte. Maria das Graças Foster afirmou que só daqui a três meses é que será possível obter com maior rigor dados sobre o volume das reservas do campo de Carioca.

Na última segunda-feira, o director-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, anunciou que o campo Carioca poderia conter 33 mil milhões de barris de petróleo. Este anúncio fez disparar as cotações da Galp no dia seguinte, chegando a subir mais de 7%, apesar de a energética portuguesa não ter qualquer participação neste campo.

Na sessão de hoje, os títulos da Galp [galp pl] seguiam a ceder 1,70% para 16,16 euros.