Cinco meses depois de se estrear em bolsa, a Galp tem menos 20 mil accionistas. O último levantamento feito pela empresa, em Março, revela que a petrolífera tem cerca de 110 mil accionistas. O que compara com os 131.938 accionistas que a companhia conquistou após a última fase de privatização, em Outubro do ano passado.

A valorização das acções da Galp levou os investidores de curto-prazo a alienarem as suas participações, reduzindo em 15,16% a base accionista da petrolífera. Os títulos foram vendidos na OPV a 5,81 euros para o público em geral e a 5,52 euros para os pequenos subscritores, que beneficiaram de um desconto de 5%.

Desde a estreia, a cotação da empresa liderada por Ferreira de Oliveira nunca esteve abaixo do preço da OPV e já proporcionou mais-valias de perto de 30% a quem comprou na primeira tranche e mais de 35% para os pequenos subscritores.

Susana Neto, analista da Caixa Banco de Investimento, considera "normal que alguns investidores tenham aproveitado a performance positiva da empresa para vender as suas acções e realizar mais-valias". E salienta que a Galp "continua a ter uma base accionista forte".