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Galp diz que ENI deu «sinais» de cancelar venda da Gás Brasiliano

A italiana ENI, que colocou à venda a subsidiária brasileira de gás natural, a Gás Brasiliano, «deu sinais de que não deverá estar interessada em prosseguir com o processo de venda», disse fonte oficial da Galp, que apresentou uma oferta, ao Jornal de Neg

13 de Janeiro de 2006 às 16:39
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A italiana ENI, que colocou à venda a subsidiária brasileira de gás natural, a Gás Brasiliano, «deu sinais de que não deverá estar interessada em prosseguir com o processo de venda», disse fonte oficial da Galp, que apresentou uma oferta, ao Jornal de Negócios Online.

Estas declarações vão ao encontro da informação, hoje, adiantada, pelo jornal brasileiro «Estado de São Paulo» que, dava conta do eventual cancelamento da venda da participada pela ENI, indicando insatisfação com as ofertas e a descoberta de jazidas de gás, na Bacia de Santos.

A venda estava, já, há algumas semanas, suspensa, à espera que os interessados aumentassem as ofertas para a distribuidora de gás do Estado de São Paulo.

Para a compra, a Galp firmou uma parceria com a brasileira Petrobrás, consórcio que, teria oferecido o valor mais elevado face à concorrência, mas ainda abaixo dos 100 milhões de dólares (82,5 milhões de euros) que, a ENI estaria a pedir pelo activo.

Segundo a imprensa brasileira, o consórcio luso-brasileiro teria oferecido 50 milhões de dólares (41 milhões de euros) pelo activo.

Além do preço, a descoberta de gás na bacia de Santos, no estado de São Paulo, onde a Gás Brasiliano actua, também estaria na base do fim da venda.

Contactadas, fontes da ENI e da Gás Brasiliano, não estiveram disponíveis para comentar a informação.

A ENI colocou o activo à venda, depois de ter saído da distribuição de combustíveis em território brasileiro, onde operava a insígnia Agip.

A italiana conseguiu adquirir a distribuidora num leilão, em 1999, em que a Galp também participou. Na altura pagou 275 milhões de dólares (227 milhões de euros) para deter a concessão que, necessitará de investimentos de mais 280 milhões de dólares (231 milhões de euros) nos próximos cinco anos, segundo acordou a empresa, valor considerado elevado pela companhia italiana que preferia alienar o activo.

A falta de licenças ambientais para a construção de gasodutos também estaria na base da insatisfação da ENI em relação à Gás Brasiliano. A Gás Brasiliano abastece a região noroeste de São Paulo que fornece 375 municípios e com 21 mil indústrias.

*Correspondente em São Paulo

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