A Galp Energia assinou hoje um acordo para a aquisição da participação da Exxon Mobil Mediterranea, na Esso em Portugal e Espanha. As duas empresas acordaram manter o valor da transacção sob sigilo. No entanto, por solicitação da CMVM, a petrolífera vem agora esclarecer, num outro comunicado, que a transacção foi realizada considerando um multiplicador EV/EBITDA de 6,5 vezes.

A Galp assinou um acordo para a aquisição da rede ibérica de estações de serviço da Exxon Mobil, actualmente constituída por 130 estações de serviço, e os negócios de wholesale, GPL, aviação e indústria, de acordo com o comunicado emitido pela empresa portuguesa.

O acordo inclui ainda a transferência para a Galp Energia da maioria do negócio de lubrificantes da ExxonMobil Petroleum and Chemical, BVBA, em Portugal e Espanha.

Excluídos do acordo estão os negócios de asfaltos em Espanha, lubrificantes para aviação, marinha, lubrificantes de marca própria, parafinas, white oils e óleos base.

A Esso Portuguesa registou vendas de 256 milhões de euros em 2007 e a Esso Espanhola teve receitas anuais entre 500 milhões e 600 milhões de euros.

A Galp diz, no primeiro comunicado, que a transacção representa um volume de vendas de cerca de um milhão de toneladas de produtos petrolíferos por ano permitindo à empresa "aumentar a dimensão das suas operações ibéricas", o seu principal mercado na actividade de distribuição de produtos petrolíferos.

"Por solicitação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e em complemento ao comunicado divulgado hoje de manhã", a Galp Energia informa que destes volumes destacam-se cerca de 420 mil toneladas distribuídas através da rede ibérica de estações de serviço da ExxonMobil, actualmente constituída por 130 estações de serviço, o negócio de wholesale representando um volume de 460 mil toneladas, o negócio de GPL com 50 mil toneladas e ainda a maioria do negócio de lubrificantes da ExxonMobil Petroleum and Chemical, BVBA, em Portugal e Espanha, com um volume aproximado de 20 mil toneladas".

"Esta aquisição foi realizada considerando um multiplicador EV* / EBITDA de 6,5 vezes", esclarece ainda a petrolífera.

"Uma vez que a transacção será realizada através da venda de participações, todos os contratos e acordos comerciais existentes, bem como os contratos de trabalho em vigor, manter-se-ão válidos após a data da conclusão", refere o primeiro comunicado.

A transacção fica agora sujeita à aprovação das autoridades competentes.