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Fusão entre Zon Multimédia e Sonaecom é "cenário mais provável"

Os analistas do Espírito Santo Investment Bank (BESI) estimam que a dona da TV Cabo tenha fechado o exercício de 2011 com resultados líquidos de 36 milhões de euros, em linha com o que obteve no ano anterior.

08 de Fevereiro de 2012 às 11:55
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Os mesmos especialistas decidiram manter a avaliação de 3,50 euros para as acções da Zon Multimédia, bem como a recomendação de “comprar”. O banco reiterou este “rating”, com base na “resiliência” das tendências operacionais, na evolução do fluxo de caixa e num “renovado ângulo de fusão e aquisição”.

Quanto aos recentes desenvolvimentos em torno da companhia, o BESI sublinha que o fim dos limites dos direitos de voto aumenta a probabilidade de que qualquer discussão relativa a movimentos de concentração no sector envolva a Zon Multimédia.

“Continuamos a acreditar que, no contexto do sector das telecomunicações, a consolidação faz sentido e as mudanças agora aprovadas podem representar um passo inicial neste processo; a nossa visão de que uma fusão entre a Zon e a Sonaecom é o cenário mais provável continua inalterada”, sublinham os analistas do BESI.

“Com um ‘outlook’ macroeconómico desafiante para 2012, acreditamos que a resiliência do modelo de negócio de cabo da Zon será testado”, refere a nota de investimento assinada por uma equipa de analistas liderada por Nuno Matias.

O mesmo relatório a que o Negócios teve acesso sublinha que “mais do que nunca, a geração de fluxo de caixa deverá ser uma prioridade”. Antes da empresa liderada por Rodrigo Costa publicar as suas contas relativas aos últimos três meses do ano passado, o banco de investimento actualizou as suas estimativas, o que se traduziu num corte das previsões para o EBITDA em 2012 e 2013, em 2,6% e 5%, respectivamente.

Esta evolução será compensada pelo corte no investimento de 7%, este ano, e de 10%, no próximo. O banco de investimento enumera quatro principais motores para o desempenho operacional da empresa, este ano.

Em primeiro lugar, o final do sinal analógico pode ser uma oportunidade para aumentar as subscrições de televisão paga. Em segundo lugar, o banco antecipa uma queda homóloga da receita média mensal por cliente pelo aumento das subscrições mais baratas de televisão paga.
Por outro lado, o crescimento do EBITDA deverá superar o comportamento das receitas com o crescimento inferior de clientes a representar custos comerciais mais baixos. Por último, o investimento (CAPEX) deverá continuar a cair, este ano.

O banco refere, ainda, que, a partir de 2012, a empresa vai consolidar os números da sua operação em Angola, a ZAP. Os especialistas aumentaram a avaliação da posição de 30% detida pela empresa portuguesa para 83 milhões de euros, face aos 69 milhões de euros anteriores, justificando que o crescimento de subscritores e dos níveis de receita média mensal por cliente “têm surpreendido pela positiva”.

“Uma maior visibilidade do desempenho da ZAP deverá ter, na nossa opinião, um impacto positivo na avaliação da Zon, pois acreditamos que o consenso de mercado não está a descontar completamente a contribuição da ZAP para a avaliação da Zon”, concluem os mesmos especialistas.

O banco estima que os lucros da empresa se tenham mantido estáveis nos 36 milhões de euros. Já as receitas terão recuado para os 854 milhões de euros, face aos 872 milhões de euros do ano passado. Quanto ao EBITDA, antecipam um aumento para os 312 milhões de euros, face aos 302 milhões de euros registados em 2010. As acções da operadora sobem 0,46% para os 2,605 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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