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Fundo de pensões, resultados desanimadores e dividendos justificavam preço mais baixo

A Sonaecom mantém o preço da OPA nos 9,50 euros e diz mesmo que esta oferta representa um esforço adicional, uma vez que desde o lançamento da oferta em Fevereiro, ocorreram vários factores que desvalorizaram a PT: pagamento de dividendos acima do esperad

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A Sonaecom mantém o preço da OPA nos 9,50 euros e diz mesmo que esta oferta representa um esforço adicional, uma vez que desde o lançamento da oferta em Fevereiro, ocorreram vários factores que desvalorizaram a PT: pagamento de dividendos acima do esperado, resultados abaixo das expectativas e défice do fundo de pensões superior ao conhecido.

"A manutenção da contrapartida constante do anúncio preliminar representa um esforço adicional dos Oferentes face ao que se dispuseram a empreender aquando da publicação desse anúncio", refere a Sonaecom no prospecto da OPA, hoje publicado.

A empresa justifica que os 9,50 euros oferecidos em Fevereiro assentavam em vários pressupostos, que acabaram por não se verificar. A empresa chegou mesmo a equacionar rever em baixa o valor da oferta. Não o fez e diz agora que isso representa um "esforço adicional".

O primeiro pressuposto diz respeito aos dividendos. A PT tinha anunciado o pagamento de um dividendo de 0,385 euros, mas acabou por aumentar este valor para 0,475 euros, como resposta à OPA da Sonaecom.

Outro factor tem a ver com os resultados da empresa. "Não se cumpriram as previsões dos oferentes de que os resultados do Grupo PT durante o exercício de 2006 viessem a estar pelo menos em linha com os obtidos em 2005", explica a emrpesa

Acrescenta que, pelo contrário, verificou-se uma degradação da performance operacional da PT, expressa, por exemplo, em reduções do "free cash flow" (-35.0%), do resultado operacional (-19,8%) e do EBITDA (-5,6%), na comparação entre os primeiros nove meses de 2005 e de 2006.

A Sonaecom defende que o múltiplo da oferta, lançada em Fevereiro, era de 7,6 vezes o EBITDA ajustado para 2006, quando os resultados entretanto divulgados pela PT atiram o mesmo múltiplo da oferta para 8 vezes.

Um outro facto que a Sonaecom aponta para o menor valor da PT agora, face ao percepcionado em Fevereiro, tem a ver com o défice do fundo de pensões.


A Sonaecom diz que a PT, desde a oferta, já reviu em alta por duas vezes a estimativa para o défice do fundo de pensões. A actualização das tabelas de mortalidade pode significar um acréscimo de 920 milhões nas responsabilidades, o crescimento dos custos com saúde mais 90 milhões de euros e o acréscimo da taxa de actualização das responsabilidades tem um impacto de 312 milhões de euros.

"As considerações acima mencionadas permitem justificar a afirmação de que a manutenção da contrapartida no valor constante do anúncio preliminar representa efectivamente um esforço acrescido por parte dos oferentes", conclui a empresa.

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