A Frulact vai recorrer a "private equities" para financiar o projecto de uma fábrica nos EUA. Segundo Fernando Capa, quadro da área financeira da Frulact, para entrar no mercado americano é preciso "diversificar as fontes de financiamento". O responsável disse que muitas destas fontes eram de Portugal, mas não só. A empresa vai construir uma unidade que irá empregar 100 pessoas na cidade de Rupert nos EUA.

Fernando Capa, que falou hoje numa conferência no Porto do Fórum para a Competitividade sobe o financiamento da economia e mercado de capitais disse ainda que a Frulact não deverá avançar com uma entrada em bolsa para já. Mas disse que depois de terminada implementação do projecto nos EUA a empresa poderá equacionar uma dispersão em bolsa. "Seja para remuneração accionista seja para investir".

Empresas duvidam da bolsa

As exigências, custos e divulgação de informação são os principais entraves à entrada de mais empresas na bolsa. "O custo do acesso ao mercado é elevado. O custo de lá estar é muito elevado. O custo da "disclosure" [de informação] pode afectar a competitividade da empresa", afirmou António Filipe, director-geral da Symington, do sector dos vinhos.

Fernando Capa por sua vez salientou que "é difícil o mercado de capitais". E sugeriu "uma espécie de perdão fiscal e vida nova para terem as contas em ordem" e poderem aceder aos mercados de capitais.