Miguel Frasquilho considerou esta terça-feira, 10 de Fevereiro, que o facto de haver mais empresas portuguesas a vender os seus produtos e serviços em mais mercados externos prova "que o 'Made in Portugal' é hoje um activo reconhecido internacionalmente e um activo que acrescenta valor". Algo que, completou o presidente da AICEP, "há alguns anos não se verificava". 

Na abertura de uma conferência sobre o financiamento às empresas, que a agência pública organizou esta tarde em Vila Nova de Famalicão, em parceria com o IAPMEI, para promover o pacote de dez mil milhões de euros destinado às empresas no novo quadro comunitário, o líder da AICEP elogiou a "resiliência" dos empresários que lotaram o auditório.

Muitos deles estão entre os mais de 40 mil que lideram empresas exportadoras de bens e serviços, facturando cerca de 30% dessas vendas ao exterior em mercados extracomunitários. Ou seja, mais dez pontos percentuais do que em 2008, ilustrando o exercício de diversificação dos países de destino. 

Apesar dos resultados que "estão à vista de todos" - nomeando o facto das exportações representarem cerca de 40% do PIB, uma subida de 12 pontos percentuais face à mesma base de comparação de 2008 -, Miguel Frasquilho admitiu que o País tem "ainda um longo caminho a percorrer se [se quiser] aproximar de alguns países europeus comparáveis" no que se refere ao peso das exportações no PIB, como a Irlanda, a Eslováquia, a Áustria ou a Dinamarca. 

O plano estratégico apresentado recentemente prevê que, até ao final de 2016, a AICEP vai acompanhar 65 mercados, alargando assim a sua presença a 12 novos países, em zonas que apresentou como de maior dinamismo económico.

Será criada também uma rede de especialistas na captação de investimento estrangeiro, que designou como "FDI Scouts", que estará numa primeira fase focada em três áreas geográficas: América do Norte (Canadá e Estados Unidos), Europa (Alemanha, Benelux, França, Itália, Reino Unido e Suíça) e Ásia (China, Coreia do Sul e Japão).