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Francisco Lacerda destaca forte liquidez das acções dos CTT
O presidente executivo dos Correios de Portugal (CTT), Francisco Lacerda, realçou a elevada liquidez dos títulos da empresa, que se estreou em bolsa há seis meses, tendo valorizado 36% desde então.
"Nós estreámo-nos fez agora seis meses e o que se tem visto no mercado é um título líquido, com bastante transacção permanentemente, o que é uma consequência da estrutura accionista que tem, com um 'free float' [dispersão de acções] bastante alargado", afirmou aos jornalistas o gestor.
Lacerda, que falava à margem da assinatura de um protocolo com o Cetelem que lança os CTT numa nova linha de negócio, o crédito ao consumo, apontou também para a relevância do "conjunto de investidores institucionais de várias partes do mundo que estão investidos no título ou, pelo menos, a transaccionar no título".
E acrescentou: "Temos visto duas coisas: uma é a liquidez muito grande, que é sempre de realçar, e depois, em termos da evolução da cotação, houve um primeiro período de estabilidade em relação à cotação, depois houve um aumento significativo durante um segundo período, e agora temos estado num terceiro período de estabilidade outra vez".
"O mais relevante é a liquidez e termos sido capazes de explicar ao mercado os nossos objectivos, a nossa estratégia e aquilo a que nos propúnhamos fazer. Quando leio os relatórios de 'research', chego à conclusão de que a mensagem tem passado e isso é muito gratificante", sublinhou o presidente dos CTT.
Inspirado no sucesso da dispersão em bolsa dos correios britânicos, Royal Mail, e belgas, Bpost, o Governo anunciou a 10 de Outubro do ano passo que privatizaria os CTT em bolsa e por venda directa.
Menos de dois meses depois, a 4 de Dezembro, o Estado vendeu 70% do capital social da empresa a 5,52 euros por acção, numa operação que permitiu um encaixe de 579 milhões de euros.
A operação pública de venda (OPV) dos CTT foi a primeira feita pelo Estado desde 2008, tendo os títulos valorizado 35,7% desde a estreia.