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Finantel concentra estratégia na distribuição; Reduz efectivos na Teleweb (actualização2)

A Finantel vai-se concentrar em 2001 no negócio da distribuição e contempla a possível venda e redução dos seus activos e efectivos nas áreas das telecomunicações e Internet, disse Henrique Telhado, presidente da Finantel, em conferência de imprensa.

08 de Maio de 2001 às 14:59
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(actualiza com mais detalhes)

A Finantel vai-se concentrar em 2001 no negócio da distribuição e contempla a possível venda e redução dos seus activos e efectivos nas áreas das telecomunicações e Internet, disse Henrique Telhado, presidente da Finantel, em conferência de imprensa.

Henrique Telhado explica a nova orientação estratégica da empresa em resultado da actual situação dos mercados, da actual visão dos negócios de telecomunicações media e tecnologia (TMT) e da necessidade de manter os fortes investimentos no desenvolvimento dos diversos negócios.

Na área de distribuição, o Grupo detém, entre outros interesses, a cadeia de lojas Ensitel, onde se comercializa produtos e serviços de telecomunicações, a Ensil Brasil, a Mobifin e a CSAT.

Segundo avançou Henrique Telhado, esta estratégia reflecte a aposta da empresa durante os últimos seis anos.

João Vasconcelos, administrador da Finantel disse que os investimentos no novo «core-business» «só serão significativos no Brasil», escusando-se a avançar com valores estimados.

A intenção de reduzir a exposição ao real vai levar o Grupo a financiar-se localmente, avançou aquele administrador.

Em Portugal, a expansão da actividade de distribuição do Grupo, a existir, será realizada através de «auto-financiamento». Segundo o mesmo responsável, o «”business plan” do Grupo não contempla situações novas».

Carlos Alves, administrador da Finantel revelou, à margem da conferência de imprensa para a apresentação de resultados, que o desenvolvimento da área de distribuição em Portugal «não poderá ser feito só de forma orgânica», avançando que o Grupo está a analisar algumas cadeias de lojas já constituídas, mas diz «não existirem muitas com interesse».

Redução de efectivos na Teleweb

No Grupo Finantel está em curso uma redução de efectivos na subsidiária Teleweb com vista à diminuição dos custos operacionais da empresa. Quanto ao montante dessa redução, Henrique Telhado disse ir ter em conta o futuro da estrutura accionista. Essa redução será dinâmica e «de maneira controlada, sem sobressaltos».

No final de 2000, os efectivos da Teleweb ascendiam a 170, e no último mês, a empresa não «renovou contratos entre 20 a 30 pessoas», disse Henrique Telhado ao Canal de Negócios.

A reestruturação da actividade da Finantel, que se encontra em curso, contempla também o corte nos custos de comunicação e abrandamento da construção de antenas, segundo o presidente da Finantel.

A redução de efectivos será maior na área ligada à construção de antenas de telecomunicações. Contudo, o Grupo avança que será garantida «a qualidade da rede».

Venda da Teleweb e Euronotícias

A empresa, tal como ontem avançou o Canal de Negócios, pretende alienar a Teleweb. Henrique Telhado disse hoje que «todos os cenários estão em aberto».

A intenção do Grupo surgiu em virtude do FirstMark Communications, accionista de referência da Teleweb, querer desinvestir no capital da empresa, em resultado da alteração do seu «core-business».

Este accionista detém uma posição de 35% na Teleweb.

O presidente do Grupo equaciona vender a totalidade ou parte da empresa, dependendo do acordo com o eventual novo accionista, por considerar que este não é um activo estratégico.

O Banco Santander de Negócios é responsável pela coordenação desta operação.

Para Henrique Telhado, a Teleweb detém uma «boa equipa, um bom potencial», mas, no seu entender, o problema reside na falta de interesse comprador a nível mundial. «Há escassez de meios financeiros», disse. O Grupo esteve em contacto com todos os grupos de telecomunicações nacionais, bem como a Retevision e a parceira na proposta de UMTS, a francesa Vivendi, explicou Telhado.

Com a espanhola Retevision, o possível acordo ainda está em aberto. Com a Vivendi, apesar dos contactos do Grupo, a empresa francesa disse não ter quaisquer planos de expansão.

Henrique Telhado diz não haver prazo para encontrar uma solução para a Teleweb, mas seria ideal encontrá-la rapidamente, referiu.

A posição de 60% no Grupo Euronotícias está à venda, segundo revelou Henrique Telhado, mas pretende manter-se o plano estratégico definido para o grupo de media. Por também não ser um activo estratégico, «quando fizerem boas ofertas», o Grupo está disposto a alienar essa posição.

Recentemente, o Grupo alienou o Giganetstore na área de Internet, pelo que, na área de nova economia, o Grupo ficou a deter posições maioritárias na Teleweb e Grupo Euronotícias.

A Teleweb apresentou no final de 2000, prejuízos na ordem de 13,6 milhões de euros (2,72 milhões de contos), enquanto que os prejuízos do Grupo Euronotícias ascenderam a 2,3 milhões de euros (461 mil contos).

No primeiro trimestre de 2001, as vendas do Grupo Finantel ascenderam a 19,1 milhões de euros (3,82 milhões de contos).

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