A Carris, que gasta anualmente com complementos de pensões 13 milhões de euros, não tem qualquer fundo nem provisiona anualmente qualquer valor que lhe permita fazer face às responsabilidades futuras com estes complementos. Estas responsabilidades, segundo cálculos de final de 2007, ascendiam a 170,6 milhões de euros, 128 milhões dos quais relativos a "reformados e sobreviventes", e os restantes 42,6 milhões respeitantes a trabalhadores no activo.



O cálculo surge nas reservas às contas da transportadora da região de Lisboa, inseridas no relatório e contas de 2007. Segundo o revisor oficial de contas (ROC) a cargo com os resultados da Carris, se a empresa contabilizasse nas contas estas responsabilidades, o seu capital próprio passaria para os 589 milhões de euros negativos, contra os 418 milhões negativos contabilizados. A empresa tem actualmente responsabilidades para com seis mil reformados.