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Falência é "desfecho esperado", mas solução já devia ter sido anunciada

O presidente da Associação Privado Clientes, Jaime Antunes, disse hoje que a falência do Banco Privado Português (BPP) era o "desfecho esperado", mas lamentou que Banco de Portugal tenha demorado a decidir a solução para a instituição.

01 de Abril de 2010 às 10:24
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O presidente da Associação Privado Clientes, Jaime Antunes, disse hoje que a falência do Banco Privado Português (BPP) era o "desfecho esperado", mas lamentou que Banco de Portugal tenha demorado a decidir a solução para a instituição.

Referindo que soube da notificação do Banco de Portugal de uma "forma pessoal", Jaime Antunes disse "não ter ficado surpreendido".

"Aquilo que nós dizemos é que para tomar uma decisão destas, já podia ter sido tomada há muito tempo, ou seja, se era para segregar o património do retorno absoluto num fundo e depois mandar o banco para a falência, essa decisão já podia ter sido tomada há um ano atrás", declarou Jaime Antunes à Lusa.

Para Jaime Antunes, este era o "desfecho esperado" para a instituição, depois da constituição do fundo especial de investimento (FEI) para os clientes dos produtos de retorno absoluto.

"Saindo o património do retorno do banco este fica sem património sob gestão e obviamente que tinha que haver uma solução destas", disse.

A imprensa noticiou hoje que o Banco de Portugal já notificou os interessados sobre a possível revogação da licença bancária do BPP, o primeiro passo para seguir com o processo de insolvência.

A Privado Holding, dona do banco, foi já notificada para a audição prévia e tem 10 dias para dar a sua versão do processo, acrescenta a imprensa.

A Lusa tentou confirmar esta notificação junto do Banco de Portugal, mas a instituição remeteu para mais tarde qualquer esclarecimento sobre este processo.

Questionado sobre que impactos poderá ter a falência do BPP junto dos clientes que representa, o presidente da Associação Privado Clientes disse que estes não serão afectados.

"O retorno absoluto está organizado, o fundo foi constituído, o património já está retirado do banco e portanto os clientes de retorno absoluto não têm de facto nenhum problema especial", disse.

"É evidente que os clientes continuam credores do banco naquilo que é o chamado crédito de garantia e isso significa que os credores, se o banco for à falência, têm que ir à massa falida ver o que é que podem ainda recuperar", acrescentou.

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