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EY: Empresas portuguesas menos suscetíveis a atuar à margem das regras do que a média global

Segundo o 2022 EY Global Integrity Report, 6% dos colaboradores e líderes de empresas inquiridos em Portugal admitiram aceitar ou oferecer um suborno em benefício próprio, contra 8% a nível global.

Aumento da procura de perfis financeiros começou em 2021.
iStockphoto
12 de Janeiro de 2022 às 21:51
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As empresas portuguesas mostram-se menos suscetíveis a violar padrões éticos e a atuar à margem das regras do que a média global, de acordo com o 2022 EY Global Integrity Report, que analisou as opiniões de mais de 4.700 colaboradores, gestores e administradores de 54 países e territórios sobre os padrões de integridade das suas organizações.

 

A pesquisa da consultora, que incluiu 102 entrevistas realizadas em Portugal, revela que apenas 6% dos inquiridos no nosso país estariam dispostos a aceitar ou oferecer um suborno para melhorar a progressão de carreira ou o pacote salarial, o que compara com 8% a nível global.

 

Da mesma forma, 5% admitiram a possibilidade de prestar informações falsas à gestão, 5% de falsificar registos financeiros e 4% de ignorar condutas impróprias por parte de terceiros, como fornecedores e distribuidores, abaixo dos 8%, 7% e 10%, respetivamente, a nível global.

Os portugueses estão mais dispostos a denunciar situações de conduta impróprias nas suas organizações do que a média global e sentem menos pressão para não o fazer.

 

Mais de oito em cada 10 inquiridos (82%) em Portugal reconheceram ser muito importante demonstrar que a sua empresa atua com integridade, uma percentagem superior à média geral (72%) e à média registada na Europa Ocidental (66%).

 

Segundo o estudo, há uma desconexão em matéria de comportamento, evidenciando-se uma maior disposição entre os executivos seniores para atuar à margem das regras. Com efeito, "os administradores entrevistados revelaram uma probabilidade cinco vezes maior do que os colaboradores de falsificar registos financeiros (15% contra 3%) e seis vezes maior de estarem dispostos a enganar agentes externos, como auditores (18% contra 3%)".

 

O relatório da EY sublinha ainda que a mudança nas formas de trabalhar durante a pandemia criou um risco elevado de fraude e comportamento antiético. "O trabalho híbrido dificulta a realização de uma monitorização de ‘compliance’ eficaz, e os fatores de risco de fraude geralmente aumentam em tempos de crise porque as empresas e os indivíduos enfrentam mais pressões financeiras", destaca a consultora.

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