Notícia
Exportadoras seguras pelo Estado para entrar em novos mercados
As empresas exportadoras queixaram-se e o Governo acudiu-as, decidindo partilhar com as companhias de seguros de crédito o risco das transacções comerciais.
12 de Janeiro de 2009 às 11:32
- 1
- ...
As empresas exportadoras queixaram-se e o Governo acudiu-as, decidindo partilhar com as companhias de seguros de crédito o risco das transacções comerciais.
Assim, a partir de hoje, as empresas têm uma cobertura adicional de risco de crédito nas vendas em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e fora da OCDE.
O montante de dois mil milhões de euros será dividido em partes iguais para os países da OCDE e para os restantes mercados, sendo este montante duplicado para quatro mil milhões de euros, logo que a primeira "tranche" esteja colocada.
A ajuda do Estado surge depois de "algum barulho" por parte das empresas, através das associações, que estavam a ter dificuldades em garantir os "plafonds" a que estavam habituadas antes da crise. Depois da assinatura de um protocolo entre o Estado e as seguradoras de crédito, na passada sexta-feira no Europarque, em Santa Maria da Feira, muitas empresas exportadoras puderam respirar de alívio.
Mas o Estado não substitui a análise de risco das companhias seguradoras de crédito. O que acontece é que as seguradoras cobrem metade do montante fixado e o Estado, através do Sistema Nacional de Garantia Mútua, a outra metade.
Por exemplo, se uma empresa precisar de uma alavancagem de 500 mil euros e a seguradora de crédito definir um limite de crédito de 250 mil euros, o Estado entra com os outros 250 mil euros, através da garantia mútua. É uma parceria equitativa.
Ou seja, se as seguradoras decidirem que determinada empresa merece "zero crédito", o Estado assina por baixo, caso contrário a empresa em causa estará a entregar mercadoria contra um recebimento que não irá acontecer.
"O País necessita deste diálogo, desta concertação [entre Estado, seguradoras de crédito e garantia mútua], para que possamos responder a estes problemas", disse o primeiro-ministro, José Sócrates, aos empresários que quiseram testemunhar a assinatura do protocolo, como António Amorim (Corticeira Amorim), Ludgero Marques (Cifial), José Alexandre Oliveira (Riopele), Artur Duarte (Aerosoles), Filipe Vila Nova (Salsa) e Fortunato Frederico (Kyaia), entre outros.
"Há um aumento do risco em geral, há uma depreciação do 'rating' das empresas em termos gerais", respondeu ao Negócios o presidente da Cosec, Miguel Gomes da Costa, que recusa para as seguradoras de crédito o papel de "más da fita". Para Miguel Gomes da Costa, numa fase de grandes dificuldades, "este vai ser um instrumento importante para a saúde da tesouraria e para o desenvolvimento financeiro das empresas".
Fora da OCDE, as seguradoras não partilham o risco com o Estado, que vai garantir 98% da operação de venda a crédito. Mas este segundo instrumento permitirá às empresas portuguesas diversificar as exportações para os chamados países emergentes.
Resumindo, o novo regime de seguro de crédito reforça os "plafonds" de seguros de crédito como forma de responder à actual crise mundial. Além disso, visa alargar a capacidade das empresas portuguesas para fora dos seus mercados tradicionais.
"O Governo respondeu às vossas preocupações com grande rapidez", frisou o ministro da Economia, Manuel Pinho, que aproveitou para dizer que "está a ser preparado, e será lançado em breve" um fundo de modernização das empresas, que apoiará operações de fusão e aquisição entre PME.
Assim, a partir de hoje, as empresas têm uma cobertura adicional de risco de crédito nas vendas em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e fora da OCDE.
A ajuda do Estado surge depois de "algum barulho" por parte das empresas, através das associações, que estavam a ter dificuldades em garantir os "plafonds" a que estavam habituadas antes da crise. Depois da assinatura de um protocolo entre o Estado e as seguradoras de crédito, na passada sexta-feira no Europarque, em Santa Maria da Feira, muitas empresas exportadoras puderam respirar de alívio.
Mas o Estado não substitui a análise de risco das companhias seguradoras de crédito. O que acontece é que as seguradoras cobrem metade do montante fixado e o Estado, através do Sistema Nacional de Garantia Mútua, a outra metade.
Por exemplo, se uma empresa precisar de uma alavancagem de 500 mil euros e a seguradora de crédito definir um limite de crédito de 250 mil euros, o Estado entra com os outros 250 mil euros, através da garantia mútua. É uma parceria equitativa.
Ou seja, se as seguradoras decidirem que determinada empresa merece "zero crédito", o Estado assina por baixo, caso contrário a empresa em causa estará a entregar mercadoria contra um recebimento que não irá acontecer.
"O País necessita deste diálogo, desta concertação [entre Estado, seguradoras de crédito e garantia mútua], para que possamos responder a estes problemas", disse o primeiro-ministro, José Sócrates, aos empresários que quiseram testemunhar a assinatura do protocolo, como António Amorim (Corticeira Amorim), Ludgero Marques (Cifial), José Alexandre Oliveira (Riopele), Artur Duarte (Aerosoles), Filipe Vila Nova (Salsa) e Fortunato Frederico (Kyaia), entre outros.
"Há um aumento do risco em geral, há uma depreciação do 'rating' das empresas em termos gerais", respondeu ao Negócios o presidente da Cosec, Miguel Gomes da Costa, que recusa para as seguradoras de crédito o papel de "más da fita". Para Miguel Gomes da Costa, numa fase de grandes dificuldades, "este vai ser um instrumento importante para a saúde da tesouraria e para o desenvolvimento financeiro das empresas".
Fora da OCDE, as seguradoras não partilham o risco com o Estado, que vai garantir 98% da operação de venda a crédito. Mas este segundo instrumento permitirá às empresas portuguesas diversificar as exportações para os chamados países emergentes.
Resumindo, o novo regime de seguro de crédito reforça os "plafonds" de seguros de crédito como forma de responder à actual crise mundial. Além disso, visa alargar a capacidade das empresas portuguesas para fora dos seus mercados tradicionais.
"O Governo respondeu às vossas preocupações com grande rapidez", frisou o ministro da Economia, Manuel Pinho, que aproveitou para dizer que "está a ser preparado, e será lançado em breve" um fundo de modernização das empresas, que apoiará operações de fusão e aquisição entre PME.