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Explosões em fábrica química no Texas após furacão Harvey
Foram registadas explosões na fábrica da Arkema, no Texas. A empresa de produtos químicos tinha ficado danificada na sequência do furacão Harvey. Novas explosões podem ocorrer.
O complexo da empresa francesa Arkema, na cidade de Crosby, no Texas (EUA), registou várias explosões esta quinta-feira, 31 de Agosto, numa altura em que o território daquele estado norte-americano continua a sentir os efeitos do furacão Harvey.
Há fortes inundações e esta empresa da área química não escapou a esse cenário. Esta situação acabou por cortar o fornecimento de energia às instalações da fábrica, impedindo de funcionar o sistema de refrigeração dos químicos ali presentes, de acordo com a Bloomberg.
Sem acesso a electricidade e sem os geradores, foram registadas duas explosões no complexo e começou a ver-se fumo negro por volta das 2:00 hora local (por volta das 7:00 em Lisboa), revelou a empresa em comunicado, citado pela agência.
Os funcionários da empresa foram retirados do local. Na fábrica da Arkema estão armazenados peróxidos orgânicos (agentes oxidantes), pelo que o perigo de explosão continuar a existir. Assim, a empresa assinala que o melhor a fazer é que deixar que o fogo se extinga sozinho.
Nas últimas horas foi revelado o boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), que indica que o Harvey localizava-se a 16,09 quilómetros a sudoeste de Alexandria, Louisiana, transportando ventos máximos sustentados de 56,32 quilómetros por hora.
Segundo o NHC, a ameaça de chuvas torrenciais nas zonas de Houston e Galveston acabou, mas perigosas inundações vão continuar a afectar as áreas de Houston, Beaumont e Port Arthur (Texas) e o sudoeste do estado do Lousiana.
A tempestade tropical Harvey provocou directa ou indirectamente 33 mortes, de acordo com o mais recente balanço oficial.
O balanço do Harvey permanece baixo quando comparado com o do furacão Katrina, que provocou 1.800 mortos entre a população de Nova Orleães, vítima da subida brutal nas águas do mar e da ruptura dos diques. Contudo, os responsáveis texanos receiam que se agrave à medida que a água for recuando e seja facilitado o acesso às zonas mais inundadas.