Notícia
Estrela Serrano conclui que Jornal Nacional foi instrumentalizado para incriminar Sócrates
Estrela Serrano, vogal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, considera que a cobertura noticiosa da TVI ao caso Freeport foi alvo de “grave instrumentalização”, com o intuito de incriminar José Sócrates.
29 de Julho de 2010 às 18:05
Na declaração de voto à deliberação do organismo regulador dos media sobre as alegadas interferências políticas e económicas no fim do programa apresentado por Manuela Moura Guedes, Estrela Serrano salienta que a investigação da ERC demonstra que houve uma grave “instrumentalização do Jornal de Sexta por parte de fontes ligadas ao processo Freeport, que lhe faziam chegar elementos em segredo de justiça, visando incriminar o primeiro-ministro”.
A vogal da ERC tece duras críticas ao Jornal Nacional de Sexta, por considerar que a cobertura do processo que envolvia o nome do primeiro-ministro “constitui um dos exemplos mais negativos de instrumentalização de um espaço televisivo por parte de poderes que lhe são alheios”.
Estrela Serrano diz, aliás, que a equipa de jornalistas que fazia a cobertura do caso Freeport falhou nas “afirmações de que a decisão de pôr fim ao Jornal Nacional partira do Governo”.
“De facto, o processo demonstra que cabalmente que a decisão se inseriu num processo longamente amadurecido e partilhado pelos administradores da TVI, da Media Capital e da Prisa.”, acrescenta Estrela Serrano.
Quanto às acusações lançadas pelos membros da equipa do Jornal Nacional sobre a interferência do poder político no fim do programa, Estrela Serrano assegura que as acusações não foram sustentadas em “provas” nem em “pistas credíveis que levassem ao apuramento de factos”. E dá como exemplos o já célebre telefonema de José Sócrates ao Rei de Espanha, referido por Manuela Moura Guedes na Comissão de Ética realizada na Assembleia da República, ou as alegadas interferências de António Vitorino na decisão dos responsáveis da Media Capital acabarem com o programa.
A vogal da ERC dá ainda como exemplo a entrada da nova direcção de informação para sustentar a tese da “instrumentalização”: “a suspensão do Jornal Nacional e a orientação conferida à informação pela nova direcção de informação, mais exigente na confirmação da informação sobre o Freeport, desencorajaram as fontes de procurar os jornalistas, retirando visibilidade ao caso”.
Concertação entre Jornal Nacional e semanário “Sol”
Serrano fala ainda de uma estratégia concertada pela equipa do Jornal Nacional de Sexta e do semanário “Sol” em todo este processo: “a cobertura do caso Freeport partiu de uma estratégia concertada entre o Jornal Nacional e o semanário “Sol”, que consistia na antecipação no programa de Manuela Moura Guedes “das notícias que seriam publicadas no dia seguinte pelo “Sol”.
A vogal da ERC tece duras críticas ao Jornal Nacional de Sexta, por considerar que a cobertura do processo que envolvia o nome do primeiro-ministro “constitui um dos exemplos mais negativos de instrumentalização de um espaço televisivo por parte de poderes que lhe são alheios”.
“De facto, o processo demonstra que cabalmente que a decisão se inseriu num processo longamente amadurecido e partilhado pelos administradores da TVI, da Media Capital e da Prisa.”, acrescenta Estrela Serrano.
Quanto às acusações lançadas pelos membros da equipa do Jornal Nacional sobre a interferência do poder político no fim do programa, Estrela Serrano assegura que as acusações não foram sustentadas em “provas” nem em “pistas credíveis que levassem ao apuramento de factos”. E dá como exemplos o já célebre telefonema de José Sócrates ao Rei de Espanha, referido por Manuela Moura Guedes na Comissão de Ética realizada na Assembleia da República, ou as alegadas interferências de António Vitorino na decisão dos responsáveis da Media Capital acabarem com o programa.
A vogal da ERC dá ainda como exemplo a entrada da nova direcção de informação para sustentar a tese da “instrumentalização”: “a suspensão do Jornal Nacional e a orientação conferida à informação pela nova direcção de informação, mais exigente na confirmação da informação sobre o Freeport, desencorajaram as fontes de procurar os jornalistas, retirando visibilidade ao caso”.
Concertação entre Jornal Nacional e semanário “Sol”
Serrano fala ainda de uma estratégia concertada pela equipa do Jornal Nacional de Sexta e do semanário “Sol” em todo este processo: “a cobertura do caso Freeport partiu de uma estratégia concertada entre o Jornal Nacional e o semanário “Sol”, que consistia na antecipação no programa de Manuela Moura Guedes “das notícias que seriam publicadas no dia seguinte pelo “Sol”.