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Estaleiros de Viana vão trabalhar em pleno até 2014

A administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) e a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA) chegaram a acordo para retomar a construção de dois navios asfalteiros, o que permite à empresa trabalhar em pleno até 2014.

03 de Outubro de 2012 às 09:53
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Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) vão trabalhar em pleno até 2014 em resultado do novo acordo para a construção de dois asfalteiros para a Venezuela e pela conclusão de um patrulha para a Marinha.

A informação foi avançada à agência Lusa pela administração dos ENVC e resulta das adendas ao contrato de 2010, no valor de 128 milhões de euros, rubricado com a empresa de petróleos da Venezuela (PDVSA).

Este acordo permitiu retirar os estaleiros da situação de incumprimento contratual em que se encontravam há vários meses - que colocavam a PDVSA em condições de denunciar o acordo -, possibilitando o início da construção.

"Com esta carteira, os ENVC empregam o pleno do seu actual quadro de pessoal, o que é motivo de grande satisfação para a administração", acrescentou a fonte.

A empresa já recebeu da Venezuela, até Junho de 2011, cerca de 10% do valor do negócio, correspondente a 12,89 milhões de euros, verba utilizada noutras obrigações "que não as do contrato".

O novo acordo com a Venezuela, sublinha a administração dos estaleiros, representa ainda um "dado decisivo para o futuro e para o processo de reprivatização da empresa" por "acrescentar um volume significativo à carteira de encomendas em curso" e de "diversas reparações já contratadas".

Além da construção destes dois navios asfalteiros, cuja entrega, precisou a administração, está prevista para Março e Novembro de 2014, a carteira de encomendas contempla também a retoma da conclusão do navio-patrulha NRP Figueira da Foz e os acertos finais no primeiro destes navios para a Marinha, o NRP Viana do Castelo.

Com o aditamento ao acordo com a Venezuela agora assegurado, o negócio permanece na carteira de encomendas dos ENVC, estando o retomar da construção dependente da aquisição de material, sujeita às regras da contratação pública que vinculam a empresa, e também do processo de reprivatização em curso.

Esta é já a segunda revisão ao contrato, depois das alterações dos prazos de entrega negociadas no início deste ano, pelo que o processo já leva mais de um ano de atraso face ao primeiro acordo, celebrado em 2010.

Em causa estão dois navios com 188 metros de comprimento para transporte de asfalto.
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