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“Espero que neutralidade do Estado se mantenha até a AG”
Belmiro de Azevedo está esperançado que o Governo português mantenha a postura de neutralidade até à Assembleia Geral da Portugal Telecom, onde vai ser discutida a desblindagem de estatutos da operadora nacional, um factor chave para o sucesso da OPA da S
Belmiro de Azevedo está esperançado que o Governo português mantenha a postura de neutralidade até à Assembleia Geral da Portugal Telecom, onde vai ser discutida a desblindagem de estatutos da operadora nacional, um factor chave para o sucesso da OPA da Sonaecom.
O Estado já "deveria ter dado algum sinal, mas compreendo" que não o tenha feito, disse Belmiro de Azevedo, no programa "Grande Entrevista" da RTP.
"Espero que a neutralidade se mantenha até à AG", disse Belmiro de Azevedo.
O presidente da Sonae considera que o Estado "tem o cenário ideal com a nossa proposta", pois "nós fazemos tudo o que o Governo quer", referindo-se à separação das redes da PT e promoção da concorrência no sector das telecomunicações.
Revelou que até aqui o Governo "não interferiu em nada" que diga respeito ao processo da OPA, nomeadamente à decisão da Autoridade da Concorrência sobre a operação.
O Estado tem uma "golden share" de 500 acções na PT que lhe permite vetar decisões estratégicas na AG da empresa, como a desblindagem de estatutos, um dos requisitos para a OPA avançar e que deverá ser discutida no final de Fevereiro.
Belmiro indicou que se o Estado utilizasse a "golden share" para vetar a OPA, esta operação não tinha avançado, por isso informou o primeiro-ministro, antes de avançar com a oferta, em Fevereiro do ano passado.