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Empresas contestam novas exigências de informação propostas pela CMVM

A Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM) anunciou hoje o seu contributo para a consulta pública promovida pelo supervisor em matéria de regras de governo das sociedades, criticando as novas exigências de informação sugeridas pela CMVM.

Carlos Tavares afirma que "a importância das agências de "rating" deveria ser reduzida"
01 de Abril de 2013 às 15:38
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"A revisão agora proposta pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários], apesar de conter aspectos positivos, que vão ao encontro das propostas da AEM e que poderiam conduzir à simplificação e flexibilização do regime normativo em vigor, mostra-se prejudicada pela introdução de novas exigências de informação a cargo das empresas", lê-se num comunicado divulgado pela entidade.

 

Segundo Abel Sequeira Ferreira, director executivo da AEM, "um dos elementos centrais da proposta de revisão apresentada pela CMVM é a criação de um novo Modelo de Relatório que aumenta de forma exacerbada, desproporcionada e injustificada, o ónus informativo a cargo das empresas emitentes, multiplicando o correspondente peso burocrático e os custos associados ao respectivo cumprimento".

 

A AEM chama a atenção para a elevada maturidade de que já se reveste o mercado português no que respeita à implementação de boas práticas de governo societário, visto que as empresas emitentes de têm "um grau muito alto de cumprimento das recomendações", conforme o comprovam os relatórios de monitorização da Universidade Católica e da própria CMVM, o que, de acordo com a associação, "demonstra a desnecessidade de um enquadramento regulamentar e recomendatório ainda mais denso e oneroso".

 

Abel Sequeira Ferreira reforçou que "a AEM vê ainda com preocupação a possibilidade de se poder perder uma oportunidade única para a melhoria do ambiente normativo em que se exerce a actividade no mercado de capitais e para a criação de um instrumento útil de atracção de mais investimento e novas empresas", acrescentando que a AEM "tudo fará para continuar a ajudar na simplificação, flexibilização e acrescida transparência das normas que enquadram o mercado de capitais".

 

Isto, porque de acordo com o responsável, "o excesso de regulamentação continuará a sufocar as sociedades cotadas e a prejudicar o bom (e urgente) desenvolvimento do mercado de capitais nacional enquanto única fonte de financiamento viável alternativa ao financiamento bancário".

 

O parecer da AEM sobre a proposta da CMVM consta de um relatório de mais de oitenta páginas, disponível no portal da associação, no qual são identificados aqueles que são, no entender da AEM, os problemas e as consequências da proposta da entidade liderada por Carlos Tavares.

 

Terminou na passada quinta-feira o período de consulta pública do projecto de alteração ao código das sociedades comerciais da CMVM.

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