A área dos transportes e da logística é aquela que deixa as empresas mais tempo à espera para receber pagamentos, numa média de 75 dias, segundo os dados da Intrum. Estes cerca de dois meses e meio comparam com os 62 dias do ano passado.

O relatório European Payment Report, publicado anualmente pela empresa que gere e recupera créditos, mostra, no entanto, que é nos seguros que a situação mais piorou face a 2023: as empresas desse setor demoravam 41 dias no ano passado e agora levam 62, um acréscimo de 51,2%.

Segue-se o retalho, que passou de 41 para 54 dias, um aumento de 31,7%. E os bancos & serviços financeiros, que antes demoravam 39 dias e agora 51, uma subida de 30,8%.

De acordo com estes dados, são o Governo e setor público que têm uma evolução mais favorável, com uma descida de 12,2%, de 74 para 65 dias, bem como a construção, cujos pagamentos demoram agora menos quatro dias em média, para 57, uma descida de 6,6%.

Todos os restantes setores privados tiveram, segundo a Intrum, uma evolução negativa no número médio de dias que demoram a pagar às empresas.

As empresas inquiridas respondem ainda que 82% dos clientes já pediram no último ano condições de pagamento mais dilatadas, um ligeiro aumento face aos 81% de 2023. E em 70% dos casos esses pedidos foram aceites.