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Empresários e gestores lamentam morte de Pedro Queiroz Pereira
Pedro Queiroz Pereira, que morreu este sábado aos 69 anos, é lembrado como um grande empresário, que construiu o maior grupo industrial do país.
Vários empresários e gestores lamentaram a morte de Pedro Queiroz Pereira, lembrando o seu papel determinante na geração de riqueza e emprego no país.
Numa nota divulgada esta segunda-feira, 20 de Agosto, o presidente executivo do Santander Totta, António Vieira Monteiro, destacou as suas "notáveis capacidades" que lhe permitiram desenvolver o maior grupo industrial do país.
"Lamento muito o desaparecimento de Pedro Queiroz Pereira que, ao longo dos anos, fui conhecendo nas suas múltiplas qualidades e a quem o país muito deve pela geração de riqueza, de emprego e pela aposta numa economia projectada para o Mundo", sublinha Vieira Monteiro. "Foram essas notáveis capacidades que lhe permitiram reconstruir o universo empresarial familiar e desenvolver aquele que é hoje o maior grupo industrial português".
Também Humberto Pedrosa, dono do Grupo Barraqueiro, lamentou a morte do empresário e amigo que "recuperou o grupo do seu pai".
"Com a morte de Pedro Queiroz Pereira, Portugal perde um grande empresário que recuperou o grupo do seu Pai, nacionalizado no 11 de Março", escreve Humberto Pedrosa numa nota de pesar. "Não posso deixar de pensar e de me lembrar dos bons momentos que passámos ao longo destes anos. Amizade essa que também compartilhei com o seu irmão Manuel".
Pedro Queiroz Pereira é lembrado pela Associação Industrial Portuguesa (AIP) como "uma das maiores referências em Portugal e no estrangeiro", devido à sua capacidade de gestão e "posicionamento sempre independente e frontal".
"A solidez dos grupos que liderou e o seu posicionamento sempre independente e frontal constituem valores que todos devemos reconhecer e enaltecer", sublinha a AIP, numa nota citada pela Lusa.
Pedro Queiroz Pereira, um dos mais importantes empresários de Portugal, era dono da empresa de papel Navigator (antiga Portucel) e da cimenteira Secil. Morreu no sábado à noite, aos 69 anos, em Ibiza, onde passava regularmente férias.
Segundo a revista Exame, Pedro Queiroz Pereira era detentor de uma fortuna avaliada em 779 milhões de euros (em conjunto com a mãe), o que fazia dele o sétimo homem mais rico do país.