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Empresa do GES fez duas transferências para Zeinal Bava – Observador

O Observador revela que o antigo líder da PT recebeu, em 2010 e 2011, um total de 18,5 milhões de euros em pagamentos feitos pela ESSE, conhecida como o "saco azul" do Grupo Espírito Santo.

Miguel Baltazar
Negócios 20 de Maio de 2016 às 15:37
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A Espírito Santo Enterprises (ES Enterprises), uma empresa do universo do Grupo Espírito Santo (GES) conhecida como o "saco azul" do GES, efectuou duas transferências em 2010 e 2011 para o antigo presidente executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava.

 

A notícia está a ser avançada esta sexta-feira, 20 de Maio, pelo Observador e refere que Zeinal Bava recebeu um total de 18,5 milhões de euros nas duas transferências financeiras feitas pela sociedade offshore ESSE, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, para uma conta aberta em nome do ex-líder da PT num banco internacional.

 

A informação relativa ao montante que Zeinal Bava terá recebido da ES Enterprises foi inicialmente noticiada no fim-de-semana passado pelo semanário Expresso, sendo agora o Observador a adiantar que a primeira transferência, num valor em torno dos 10 milhões de euros, foi feita no segundo semestre de 2010, tendo a segunda sido feita logo no início de 2011 e atingindo à volta de 8,5 milhões de euros.

 

O Observador escreve ainda que que o Ministério Público baralha hipóteses relacionadas com a possibilidade de esta transferência estar ligada à decisão de venda da Vivo por parte da PT, e posterior compra da Oi por parte da operadora de telecomunicações portuguesa.

 

No âmbito das investigações em curso ao universo Espírito Santo, as questões relacionadas com a PT foram autonomizadas em inquéritos independentes, que investigam não só a aplicação de 897 milhões de euros feita pela PT em dívida da Rio Forte, uma empresa do GES, mas também à venda da posição detida pela PT na Vivo e posterior entrada no capital da Oi.

 

Confrontado pelo Observador, Zeinal Bava negou a este jornal online que as transferências de 18,5 milhões de euros possam estar ligadas a qualquer tipo de favorecimento ao GES ou ao BES. Apesar de assegurar que "não há qualquer relação" entre as decisões tomadas pela PT e as transferências recebidas, Bava confirmou junto do Observador o recebimento dos referidos 18,5 milhões de euros por parte da ES Enterprises.

 

Zeinal Bava acrescenta que recebeu este montante devido a uma "alocação fiduciária contratualizada e afectada a uma finalidade que não veio a ser concretizada, pelo que o capital e juros, tal como previsto no contrato, foram integralmente devolvidos".

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