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Salgado disse que pagamento de 18,5 milhões foi para "cativar" Bava

Ricardo Salgado explicou ao Tribunal que o pagamento a Bava foi para “cativar” o ex-CEO da PT e a sua equipa de “primeiríssima água”, noticia o Observador. Uma explicação contraditória à do ex-CEO da PT.

9º Zeinal Bava, Portugal Telecom (Posição anterior: 5)
Bloomberg
Negócios 08 de Junho de 2016 às 09:30
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Ricardo Salgado assumiu que deu a ordem para transferir 18,5 milhões de euros para uma conta pessoal de Zeinal Bava, entre 2010 e em 2011, revela o Observador. Mas os motivos apontados pelo ex-líder do BES para esta operação contradizem as explicações dadas recentemente pelo ex-CEO da PT.

Na segunda vez que Salgado foi ouvido pela Justiça, a 24 de Julho de 2015 depois da detenção para interrogatório no caso Monte Branco, foi confrontado pelo juiz Carlos Alexandre com as transferências realizadas para uma conta pessoal de Zeinal Bava a partir da Espírito Santo (ES) Enterprises, empresa sem actividade denominada pelas autoridades como o ‘saco azul’ do Grupo Espírito Santo (GES), como noticiou o Expresso recentemente.

O ex-CEO do BES justificou esta transferência como sendo uma "remuneração extra para cativar o CEO da PT e a equipa de "primeiríssima água" que Bava tinha seleccionado" para reorganizar a operadora Oi, segundo o Observador. Além disso, segundo Salgado, terá sido mesmo o próprio Zeinal Bava a propor ao GES esta operação.

O objectivo deste operação, segundo a explicação de Salgado, era "evitar que os quadros da PT fossem trabalhar para empresas concorrentes", incluindo a eventual saída de Zeinal Bava para uma das empresas de Carlos Slim, magnata mexicano do sector das telecomunicações.

Durante a audição, Ricardo Salgado nunca mencionou que este pagamento seria para financiar a aquisição de acções da PT por Bava e pela sua equipa como defendeu o próprio ao Expresso e ao Observador quando foi noticiada a transferência dos 18,5 milhões de euros que, segundo o gestor, já foram devolvidos.

A alocação fiduciária contratualizada tinha uma finalidade legítima, a concretizar em momento futuro. O objecto do contrato era financiar aquisições de ações da PT, mas as condições de exercício do investimento dependiam da integral privatização desta empresa", explicou no mês passado Zeinal Bava ao Observador.

O gestor garantiu ainda que como a "finalidade da alocação fiduciária não veio a ser concretizada", "o capital e juros, tal como previsto no contrato, foram integralmente devolvidos".

 

 

 

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