Notícia
Empresa de Meios Aéreos foi extinta
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou esta quarta-feira a extinção e liquidação da Empresa de Meios Aéreos (EMA), o que vai proporcionar uma poupança anual estimada em cerca de 11 milhões de euros.
Numa conferência de imprensa realizada na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Miguel Macedo (na foto) adiantou que o processo de liquidação e extinção da EMA foi "complexo", sublinhando que vai trazer "efectivas poupanças para o Estado".
"Foi extinta a única empresa da esfera do Ministério da Administração Interna, o que proporcionará uma poupança anual estimada de 37% da despesa, correspondente a 11.77.354 euros", disse o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, também presente na conferência de imprensa.
João Almeida explicou que, durante o processo de liquidação da EMA, foram pagas todas as dívidas, nomeadamente à empresa que faz a manutenção e operação dos helicópteros público de combate a incêndios florestais e que chegou a penhorar dois Kamov. "Está saldada a dívida com a Heliportugal, o que permitiu o levantamento dos dois helicópteros penhorados", adiantou.
A secretária de Estado do Tesouro, Isabel Castelo Branco, disse que "o resultado final da EMA é negativo", existindo um passivo, estimado em seis milhões de euros, que "o Estado vai ter de absorver".
Durante a apresentação do processo de extinção e liquidação da EMA, João Almeida referiu que, num primeiro concurso público, foram adjudicados a um operador privado os três helicópteros ligeiros da EMA e seis dos seus trabalhadores.
Um segundo concurso, que deverá estar concluído em Fevereiro de 2015, destina-se à manutenção e operação dos seis helicópteros Kamov e dos restantes 25 trabalhadores.
Até à conclusão deste concurso, os trabalhadores transitaram para a ANPC, que fica agora responsável pela gestão dos contratos de operação e manutenção dos meios aéreos próprios do Estado.
O ministro da Administração Interna assegurou que a empresa vencedora do concurso público internacional para manutenção e operação do Kamov vai ficar com a responsabilidade dos trabalhadores da EMA.
Miguel Macedo referiu ainda que foi criado na ANPC um gabinete de apoio à gestão dos meios aéreos, que não terá custos.
A EMA tinha um custo total de 31,5 milhões de euros com a gestão de seis Kamov e três helicópteros ligeiros, passando a ter, no futuro, um custo de 19,8 milhões de euros, que será suportado por privados, explicou João Almeida. "Temos extinta e liquidada a EMA dois dias antes do prazo", disse ainda Miguel Macedo, referindo o prazo de 31 de Outubro para o fim da empresa.
A empresa foi criada em 2007 e integra um dispositivo permanente de meios aéreos para o combate de incêndios florestais, vigilância de fronteiras, recuperação de sinistrados, segurança rodoviária e apoio às forças e serviços de segurança, protecção e socorro.
Segundo o Ministério da Administração Interna, a EMA apresentou "resultados líquidos negativos sucessivos" entre 2007 e 2013, com um acumulado de cerca de 24,7 milhões de euros.
O Governo anunciou a extinção da EMA há três anos.