Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Empreendimento em Miami afecta resultados da Soares da Costa

A Soares da Costa terá as suas contas afectadas deste ano pelo atraso no recebimento de 3,79 milhões de euros (760 mil contos) referentes à construção de um empreendimento de luxo na praia de Miami,...

09 de Novembro de 1999 às 10:35
  • ...
A Soares da Costa terá as suas contas afectadas deste ano pelo atraso no recebimento de 3,79 milhões de euros (760 mil contos) referentes à construção de um empreendimento de luxo na praia de Miami, nos Estados Unidos. António Frada, porta-voz da construtora, em declarações ao Diário Económico admitiu custos financeiros nesta demora, contudo desvalorizou o impacto desta verba nos resultados da Soares da Costa.

O mesmo porta-voz, ainda acrescentou que «a verba em dívida vai ser paga com juros, já que o processo deverá estar terminado, no máximo, no primeiro semestre do próximo ano». Quanto à questão do sinal entregue pelos compradores, a Edel e a Soares da Costa manifestaram posições distintas. David Softness, advogado que administra a falência da Edel em declarações à Folha de S.Paulo afirmou que «o sinal adiantado pelos compradores foi gasto na obra» e a falência da Edel teve como origem divergências entre o empreiteiro, Soares da costa, e o dono da obra, a Edel. Posição diferente manifestou a Soares da Costa, que adiantou que «o dinheiro já entregue pelos compradores foi depositado numa "escrow account", que não pode ser mexida e que não houve nenhum desentendimento entre a construtora e a promotora do empreendimento».

O empreendimento em Miami, o «Maison Paco Rabanne» é uma torre de habitação de luxo, com 24 andares, situado na praia de Miami. A promoção do projecto imobiliário ficou a cargo de uma empresa norte-americana detida por sócios brasileiros, a Edel –Internacional Developers. No entanto, a empresa brasileira iniciou um processo de falência no inicio deste ano, que em Outubro último tornou-se oficial, deixando dívidas superiores a 28,84 milhões de euros (5,781 milhões contos) e dois credores, o Ocean Bank com 23,69 milhões de euros (4,75 milhões de contos) e a Soares da Costa com 3,79 milhões de euros (760 mil contos). Contudo, António Frada afirmou que «como património, a Edel deixou apenas um empreendimento cujo valor é superior aos créditos detidos pelos maiores credores».

No ano passado, o mercado externo representou 31,2% do volume de negócios consolidado da Soares da Costa. Recorde-se que a construtora atingiu nos primeiros nove meses do ano prejuízos consolidados no montante de 707 mil euros (141,75 mil contos).

As acções da Soares da Costa negociavam às 10h20 nos 2,91 euros (583 escudos), que corresponde a uma desvalorização de 1,02%.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio