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Electrabel vende participação na Hidrocantábrico à Ferroatlántica

A Electrabel, maior eléctrica belga, vendeu a sua posição de 10% no capital da Hidroeléctrica del Cantábrico à Ferroatlántica, concorrente da Electricidade de Portugal (EDP) na companhia espanhola, revelou a empresa em comunicado.

06 de Abril de 2001 às 18:06
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A Electrabel, maior eléctrica belga, vendeu a sua posição de 10% no capital da Hidroeléctrica del Cantábrico à Ferroatlántica, concorrente da Electricidade de Portugal (EDP) na companhia espanhola, revelou a empresa em comunicado.

A Electrabel aceitou a oferta da Ferroatlántica, uma empresa detida em partes iguais pelo Grupo Villar Mir e pela alemã EnBW, que avançou com um preço de 27,30 euros (5.473 escudos) por cada acção.

Esta operação permitiu à empresa belga encaixar um montante 20% acima do investimento efectuado em Julho do ano passado, quando a Electrabel entrou no capital da quarta eléctrica espanhola, de acordo com dados da empresa.

A Electrabel afirmou ainda, no referido comunicado, que esta transacção não significa o fim das suas operações em Espanha, um mercado onde a empresa pretende continuar a estar presente nos sectores da geração e distribuição de energia.

Os accionistas da Hidrocantábrico dispõem até à próxima segunda-feira para decidir se aceitam alguma das ofertas públicas de subscrição (OPA) que foram lançadas sobre a empresa.

O presidente da Ferroatlántica, Juan Miguel Villar Mir, afirmou recentemente que a sua empresa prevê adquirir mais de 60% do capital da empresa, uma vez que avançou com a OPA que tem o preço mais elevado.

Na mesma ocasião, o responsável da Ferroatlántica manifestou-se disponível para negociar com os restantes accionistas relativamente, após a conclusão das ofertas lançadas sobre a eléctrica asturiana, indiciando que poderá entrar em acordo com a EDP para a gestão da empresa.

A EDP, em conjunto com a Cajastur, avançou com uma OPA ao preço de 24 euros (4.811 escudos), tendo já garantido cerca de 35% do capital da Hidrocantábrico, devido à posição de 15% controlada pela instituição bancária asturiana e a um acordo com a norte-americana TXU, que detém uma participação superior a 19% no capital da empresa.

Os estatutos da Hidrocantábrico não permitem que sejam exercidos os direitos de voto sobre mais de 10% do capital. Para alterar esta regra, é necessária uma maioria de 75% dos votos em assembleia geral (AG) de accionistas, pelo que a posição da EDP poderá funcionar como uma força de bloqueio.

A alemã RWE, que avançou com uma OPA pelo preço de 26 euros (5.212 escudos) por cada título da eléctrica espanhola, desistiu esta semana da sua oferta, retirando-se da luta pelo controle da empresa.

A lei espanhola proíbe que empresas com capitais públicos, como a EDP e a EnBW, participada da francesa Electricite de France (EDF), exerçam os direitos de voto sobre mais de 3% do capital detido em empresas do sector eléctrico.

Para contornar esta regra, as duas empresas terão de aguardar que o ministério das Finanças espanhol aprove as respectivas operações, uma situação de excepção que está prevista na lei do país vizinho.

A Electrabel encerrou a perder 0,56% para os 247,50 euros (49.619 escudos), em Bruxelas, enquanto a EDP desvalorizou 1,27% para os 3,11 euros (623 escudos), em Lisboa, e a Hidrocantábrico manteve a cotação inalterada nos 27,05 euros (5.423 escudos), em Madrid.

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