A Enersul, distribuidora do Mato Grosso do Sul, controlada pela «holding» Iven, participada pela EDP em 73,12 %, viu os seus prejuízos agravados em 19.95 milhões de euros (quatro milhões de contos) no terceiro trimestre deste ano, em contrapartida de perdas em igual período do ano anterior de 1,81 milhões de euros (362 mil contos). Também a Empresa Bandeirante de Electricidade (EBE), controlada em 56% pela EDP, apresentou perdas até Setembro de 98,7 milhões de euros (19,7 milhões de contos).

A razão do desequilíbrio financeiro da Enersul é a desvalorização do real devido à contratação de energia à barragem de Itapu, cujas tarifas estão indexadas ao dólar. Neste momento os valores do activo desta empresa ascendem a 4,8 milhões de euros (97,2 milhões de contos).

A EBE, empresa distribuidora de S. Paulo, apresentou no terceiro trimestre prejuízos inferiores a igual período do ano transacto, ou seja, obteve um resultado líquido negativo de 6.87 milhões de euros (1,377 milhões de contos), contra 8.32 milhões de euros (1,667 milhões de contos) registados no período homólogo. A venda de electricidade e a prestação de serviços renderam à empresa este ano 6,6 milhões de euros (19,7 milhões de contos).

A descida nos resultados da EBE deve-se, não só à perda para a concorrência do seu principal cliente, a Companhia Brasileira de Alumínio, mas também da redução geral do consumo industrial provocado pela desaceleração da economia. Esta empresa tem um activo de 880 milhões de euros (169 milhões de contos) e dois milhões de clientes.

A EDP, às 12h, negociava nos 14,66 euros, o que traduz uma desvalorização de 1,54% face à cotação de fecho de ontem.