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EDP quer posição accionista maioritária na Cantábrico (act.)

A EDP e a Cajastur estão a desenvolver negociações com a EnBW, «que muito provavelmente», irão levar à tomada de «uma posição accionista dominante de controle» na Hidrocantábrico, disse hoje Francisco Sánchez.

26 de Setembro de 2001 às 12:31
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A Electricidade de Portugal (EDP) e a Cajastur estão a desenvolver negociações com a EnBW, «que muito provavelmente», irão levar à tomada de «uma posição accionista dominante de controle» na Hidrocantábrico, disse hoje o presidente da eléctrica nacional, Francisco Sánchez.

Francisco Sánchez (na foto) adiantou que estão a ser desenvolvidos contactos com a alemã EnBW, que controla, em conjunto com a Ferroatlántica, cerca de 59,6% do capital da Hidrocantábrico, e que esses contactos vão acabar «muito provavelmente» com a EDP e a Cajastur a deterem «uma posição accionista dominante de controlo» na eléctrica asturiana.

«Tem toda a lógica que sejamos nós a ter o controle operacional da Hidrocantábrico, já que se trata do nosso mercado interno», disse hoje o presidente da EDP, na conferência para apresentação dos resultados semestrais da empresa, adiantando que, com o passar do tempo, «é natural que todos os operadores espanhóis passem a ver o mercado ibérico como o seu mercado interno», tal como acontece actualmente com a EDP.

«Pensamos que a EnBW está a entender o nosso ponto de vista», de que deverá ser a EDP a assumir o controlo operacional da Hidrocantábrico, afirmou Sánchez, sublinhando, no entanto, que um possível acordo entre as empresas «só poderá ser conhecido após a decisão do Governo espanhol» sobre o exercício dos direitos de voto das duas companhias na Hidrocantábrico.

A EDP [EDP] e a Cajastur controlam actualmente cerca de 35% do capital da Hidrocantábrico, dos quais 19,2% referem-se à posição detida directamente pela eléctrica nacional.

O presidente da EDP reiterou que a eléctrica e a Cajastur pretendem elevar a sua posição conjunta na Hidrocantábrico acima dos níveis actuais, mas escusou-se a adiantar qual a participação exacta que as empresas pretendem assegurar.

EDP confia em decisão «positiva» de Madrid sobre Cantábrico

«É expectável que tenhamos muito brevemente uma decisão do Governo espanhol (..) que esperamos que seja positiva», afirmou Francisco Sánchez, sublinhando que a eléctrica está a aguardar a posição de Madrid com «muita confiança e optimismo».

«Temos feito todas as diligências junto do Governo espanhol para desbloquear esta situação», afirmou ainda o presidente da EDP.

Os direitos de voto da EnBW e da EDP na Cantábrico foram suspensos até ao limite de 3%, pelo facto de estas duas empresas serem participadas por capitais públicos.

A Comissão Europeia aprovou hoje a entrada da Electricité de France (EDF) no capital da Hidrocantábrico, uma posição detida através da EnBW, que é controlada em 34% pela companhia estatal francesa.

Com esta decisão, a EnBW e a EDP «estão neste momento em condições de igualdade», uma vez que a Comissão Europeia já se havia manifestado favoravelmente em relação à entrada da EDP no capital da eléctrica asturiana, considerou Francisco Sánchez.

As acções da EDP seguiam a subir 0,38% para os 2,64 euros (529 escudos).

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