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EDP aumenta produção de eletricidade em 4% até setembro
Nos primeiros nove meses do ano, as energias renováveis representaram 97% da produção total de eletricidade da EDP, totalizando 40,5 TWh, um aumento de 18% face ao mesmo período de 2023.
Nos primeiros nove meses do ano, a EDP aumentou a sua produção de eletricidade em 4% face ao mesmo período do ano passado, informou a empresa esta quinta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Entre janeiro e setembro, a capacidade instalada da empresa chegou aos 29,4 gigawatts (GW), 84% dos quais relativos a fontes de energia renováveis.
Desta forma, refere a EDP nos seus dados operacionais provisionais dos primeiros nove meses, neste período as energias renováveis representaram 97% da produção total de eletricidade, totalizando 40,5 TWh, um aumento de 18% face ao mesmo período de 2023.
Nos últimos 12 meses, o grupo EDP adicionou ao seu portefólio 3,2 GW de capacidade eólica e solar, atingindo uma capacidade instalada nestas duas tecnologias de 17,3 GW. No solar distribuído, chegou a 1,4GW, 31% do total da capacidade solar até setembro (+39%).
A capacidade instalada nestes três trimestres foi impactada por transações de rotação de ativos nos Estados Unidos, Canadá, Itália e Polónia.
Suportada por elevados volumes de afluência hídrica, diz a elétrica, a produção com base nesta tecnologia aumentou 52% face ao período homólogo, enquanto a bombagem aumentou 19% e foi justificada pelo aumento da volatilidade do preço horário de eletricidade.
"No final de setembro, os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 61%, abaixo dos níveis de há um ano", refere a EDP.
Já a produção eólica e solar aumentou 6%, suportada pelo aumento de 78% na produção solar face ao período homólogo, resultado do forte crescimento da capacidade instalada, representando 75% do total das adições dos últimos doze meses.
No comunicado à CMVM, a EDP diz ainda que entre julho e setembro o negócio ibérico beneficiou da "recuperação dos preços médios de eletricidade na Península Ibérica, aumentando significativamente de 39€/MWh no primeiro semestre para 79€/MWh no terceiro trimestre, e de um volume de produção hídrica ligeiramente acima da média esperada".
Por seu lado, a produção térmica baixou 77%: -97% no carvão e -63% no gás, devido aos menores fatores de utilização de capacidade térmica, suportados pela venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil e da nova parceria 50/50 na termoelétrica de Aboño em Espanha (-1,6 GW).
Na atividade de comercialização de eletricidade na Península Ibérica, esta diminuiu 9% em termos homólogos, refletindo principalmente a diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha e a diminuição do número de clientes em Portugal. No gás, os volumes vendidos diminuíram 12% em relação ao período homólogo.
Também esta quarta feira, a EDP Renováveis deu conta dos seus dados operacionais até setembro, sendo que em nove meses somou 1,3 GW de capacidade renovável (mais 3 GW face a 2023), atingindo um portefólio total de 16,8 GW. Estas adições concentraram-se na produção de energia solar, dos quais 73% na América do Norte, 9% na Europa, 13% na América do Sul e 5% na Ásia Pacífico.
Nos últimos 12 meses, a EDPR adicionou 3 GW de capacidade: +1,9 GW na América do Norte, +300 MW na Europa, +600 MW na América do Sul e +100 MW na Ásia-Pacífico.
No final do mês de setembro, a EDPR tinha 4,1 GW em construção: 2,2 GW de solar, 1,2 GW a eólica onshore e 700 MW de eólica offshore (por via da participação de 50% na OW).
"A produção renovável da EDPR cresceu a um ritmo moderado de 5% nos primeiros nove meses do ano, em linha com o primeiro semestre", refere a empresa.
Em termos de mix de tecnologias, o portefólio eólico onshore representou 85% da produção total e o peso do portefólio solar aumentou 9% nos primeiros nove meses de 2023 para 15% no período homólogo deste ano, representando 72% do total das adições nos últimos doze meses.