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Montenegro saúda "sentido responsabilidade política" do PS
Luís Montenegro reagiu em Bruxelas, onde participou numa reunião do Conselho Europeu, ao anúncio de Pedro Nuno Santos de que o PS se irá abster na votação do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, saudou esta quinta-feira "do ponto de vista democrático, o sentido de responsabilidade, de prevalência do interesse nacional, que o Partido Socialista expressa ao viabilizar este importante instrumento que pode contribuir para a execução do programa de Governo". O líder do executivo reagia assim, em Bruxelas, ao anúncio feito minutos antes pelo secretário-geral do PS de que o maior partido da oposição iria viabilizar a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025) abstendo-se.
Montenegro sublinhou que o Governo fez "de forma muito significativa, um esforço de aproximação àquelas que eram as preocupações essenciais do Partido Socialista".
"Temos a humildade de reconhecer que, apesar de termos vencido as eleições, apesar de o povo português ter escolhido um líder para o Governo e uma linha orientadora para o Governo, não temos maioria absoluta na Assembleia da República", acrescentou.
"Vejo com esperança aquilo que é a decisão do Partido Socialista de respeitar, por um lado, a vontade do povo português e, por outro lado, de não contribuir para acrescentar em cima das várias incertezas quer temos hoje no plano internacional - do ponto de vista das guerras que temos às portas da Europa, do ponto de vista dos riscos de estagnação económica que atingem muitos dos nossos principais parceiros comerciais - uma crise política, uma instabilidade política", frisou ainda.
Questionado sobre como será a negociação na especialidade, Montenegro disse antever que "não traga problemas de maior". "Não me passa pela cabeça que o sentido de responsabilidade que o PS acabou de enunciar possa ser estragado no âmbito de qualquer discussão na especialidade. O Governo estará ainda assim aberto a rever, nalguns casos pontuais, a fazer algumas alterações ou aproximações com os partidos da oposição, em particular com o Partido Socialista, mas, naquilo que depende do Governo, a nossa proposta é esta", rematou.
Notícia atualizada às 21:00