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Morais Sarmento confirmado como administrador do Banco de Portugal

O ex-secretário de Estado do Orçamento de Passos Coelho foi nomeado pelo Governo para substituir Hélder Rosalino, que cessou funções em setembro, e confirmado após audição parlamentar. Entra em funções a 1 de novembro.

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O conselho de ministros aprovou esta quinta-feira a nomeação de Luís Morais Sarmento, ex-secretário de Estado do Orçamento do governo de Passos Coelho, para a administração do Banco de Portugal, com início de funções a partir de novembro.        

 

"Realizada a audição na Assembleia da República e recebido o respetivo parecer fundamentado que reconhece a sua competência e experiência técnica, aprovou uma Resolução do Conselho de Ministros que designa, sob proposta do Ministro de Estado e das Finanças, Luís Morais Sarmento para o cargo de administrador do Banco de Portugal, a partir de 1 de novembro de 2024, para um mandato de cinco anos", refere o comunicado.

A nomeação surge na sequência da saída de Hélder Rosalino, cujo mandato terminou no início de setembro, tendo informado o ministério das Finanças da sua intenção de não prolongar o prazo, mesmo sem haver substituto no imediato. Rosalino já tinha completado dois mandatos no BdP e não poderia, por isso, cumprir um terceiro. 

 

Morais Sarmento foi nomeado em julho, mas só em setembro foi ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, um passo obrigatório para ser apontado formalmente pelo governo como administrador para a instituição liderada por Mário Centeno.

Na audição, Luís Morais Sarmento recusou a politização do Banco de Portugal, ao dizer disse que não é um "avançado ou ponta de lança" do Governo no banco central e que "não é cadastro" ter sido secretário de Estado. O deputado socialista Miguel Costa Matos tinha considerado que Luís Morais Sarmento teria um perfil "politizado".

"Não acho que haja colonização nenhuma do Banco de Portugal, não tenho nenhuma dependência relativamente ao Governo", afirmou, recordando que os administradores do banco central gozam de independência do poder político pelos estatutos do sistema europeu de bancos centrais.

Na resposta, o economista recordou as funções técnicas que exerceu nos últimos anos, como subdiretor do Departamento de Estatística do Banco de Portugal, para as quais regressou depois da passagem pelo governo, em que integrou a equipa de Vítor Gaspar até à demissão do primeiro ministro das Finanças de Passos Coelho.     

 

Licenciado em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, Morais Sarmento, de 62 anos, foi também adjunto do Secretário de Estado do Orçamento entre 2002 e 2003, técnico assessor do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal entre 2003 e 2005 e diretor-Geral do Orçamento entre 2005 e 2010.

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