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“EDP é uma das ‘utilities’ europeias mais sobreavaliadas”
O optimismo demasiado elevado na avaliação dos contratos de geração de energia (PPA) e a injustificada especulação de OPA tornaram a EDP uma das “utilities” mais caras da Europa. A posição é defendida pelo Credit Suisse que, numa nota divulgada hoje, mant
O optimismo demasiado elevado na avaliação dos contratos de geração de energia (PPA) e a injustificada especulação de OPA tornaram a EDP uma das "utilities" mais caras da Europa. A posição é defendida pelo Credit Suisse que, numa nota divulgada hoje, mantém a recomendação de "underperform".
"Continuamos confiantes de que a EDP é uma das ‘utilities’ europeias mais sobreavaliadas, devido em muito ao optimismo demasiado alto para a avaliação dos PPA e um injustificado prémio de fusões&aquisições", refere o analista Raimundo Fernández-Cuesta.
O Credit Suisse reage, assim, ao pacote de medidas do Governo para o sector energético, que pressupõe a extinção dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e um novo cálculo dos Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual dos CAE (CMEC), cuja compensação às empresas baixa de 50 euros por megawatt por hora para 36 euros.
O banco de investimento classifica esta alteração como "um catalizador negativo para a EDP". Por isso, reitera a recomendação de "underperform" e o preço-alvo a 12 meses de 3,15 euros, que confere à empresa um potencial de descida de mais de 28% face à cotação actual dos títulos.
Apesar da recomendação negativa, as acções da EDP encontram-se valorizar 4,03% e negoceiam nos 4,39 euros.