António Manuel Garcia, presidente da Energen, responsável pelos activos da Electricidade de Portugal (EDP) na área de produção de energia no Brasil, disse que a EDP «continua a analisar atentamente oportunidades de investimento» no Brasil.

Na inauguração da hidroeléctrica de Lajeado no Estado de Tocantins, António Manuel Garcia, disse que a EDP procura oportunidades de investimento no Brasil nas áreas de «geração hídrica e termoeléctrica».

Segundo o discurso do mesmo responsável a que o Negocios.pt teve acesso, o objectivo da eléctrica nacional é o «de alcançar um correcto equilíbrio entre a geração e a distribuição, completando esta última actividade com outros elos da cadeia de valor».

A EDP opera na área de distribuição eléctrica e iniciou projectos na área de produção eléctrica com vista a diminuir a dependência da variação cambial, porque se produzirem e distribuírem, os investimentos e as receitas serão geradas na moeda local.

De acordo com o mesmo responsável, as estimativas apontam para que o Brasil necessite de aumentar a sua capacidade instalada em cerca de 15 mil megawatts nos próximos três anos.

Nos próximos 10 anos, estima-se que haja um incremento de 13 milhões de novo consumidores.

Segundo avançou Fernando Henrique Cardoso, presidente da República brasileiro que esteve presente na inauguração, a EDP «é um parceiro importante e competente que fomos buscar para participar na construção do nosso país».

Fernando Henrique Cardoso garantiu que, o Brasil terá «novos 16 mil megawatts até 2003».

No Brasil, a EDP que já investiu 1,415 mil milhões de euros (284 milhões de contos) controla as distribuidoras Bandeirante Energia em São Paulo, Escelsa no Estado de Espírito Santo, a Enersul, no Mato Grosso do Sul, tendo ainda uma participação minoritária na CERJ no Rio da Janeiro.

Também no Rio Tocantins, a EDP vai iniciar a construção na hidroeléctrica de Peixe Angical e pretende concorrer a outras concessões que irão a leilão a 30 de Novembro, segundo avançou Francisco Sánchez ao Negocios.pt.

As acções da EDP encerraram nos 2,87 euros (575 escudos) a descer 0,69%.