Notícia
EDP pagou 1,4 milhões de euros a António Mexia em 2022, Manso Neto recebeu quase meio milhão
No ano passado, António Mexia recebeu da EDP 692 mil euros relativos ao ano de 2019 e mais 800 mil euros, que correspondem à contrapartida da "obrigação de não concorrência". A partir de 2024 o gestor é livre para trabalhar em empresas de energia.
15 de Março de 2023 às 08:43
Segundo o relatório de remunerações da EDP divulgado esta semana, a empresa pagou ao ex-CEO António Mexia 1,4 milhões de euros em 2022, avança o Correio da Manhã esta quarta-feira.
Em causa está o compromisso assinado por Mexia, de não ir trabalhar para outra companhia energética, quando renunciou ao cargo que exercia em 2020 no âmbito do processo judicial em que foi constituído arguido por suspeitas da prática de crimes de corrupção ativa e participação económica em negócio.
No ano passado, António Mexia recebeu da EDP 692 mil euros relativos ainda ao ano de 2019 e mais 800 mil euros, que correspondem à contrapartida da "obrigação de não concorrência".
No momento da sua saída da EDP, e depois do Ministério Público ter pedido a suspensão de Mexia do cargo de presidente executivo da empresa, a empresa negociou o pagamento de 800 mil euros por ano, durante três anos (até 2023, portanto), acrescido do pagamento de prémios de seguro de saúde e de seguro de vida, assim como do Seguro de Vida PPR.
Tudo isto para garantir que Mexia não fosse trabalhar para uma empresa concorrente, tendo em conta o acesso que teve aos planos de negócio da EDP e a outra informação sensível. A partir de 2024, Mexia está livre para assumir cargos noutras empresas de energia.
Também Manso Neto, à data CEO da EDP Renováveis foi constituído arguido pela suspeita dos mesmos crimes, que terá praticado em coautoria com Mexia. O agora CEO da Greenvolt recebeu no ano passado 499 mil euros da EDP referentes ao exercício de 2019.
No entanto, ao contrário de Mexia, Manso Neto abdicou da cláusula de 'não concorrência' que lhe daria 1,7 milhões de euros.
Em causa está o compromisso assinado por Mexia, de não ir trabalhar para outra companhia energética, quando renunciou ao cargo que exercia em 2020 no âmbito do processo judicial em que foi constituído arguido por suspeitas da prática de crimes de corrupção ativa e participação económica em negócio.
No momento da sua saída da EDP, e depois do Ministério Público ter pedido a suspensão de Mexia do cargo de presidente executivo da empresa, a empresa negociou o pagamento de 800 mil euros por ano, durante três anos (até 2023, portanto), acrescido do pagamento de prémios de seguro de saúde e de seguro de vida, assim como do Seguro de Vida PPR.
Tudo isto para garantir que Mexia não fosse trabalhar para uma empresa concorrente, tendo em conta o acesso que teve aos planos de negócio da EDP e a outra informação sensível. A partir de 2024, Mexia está livre para assumir cargos noutras empresas de energia.
Também Manso Neto, à data CEO da EDP Renováveis foi constituído arguido pela suspeita dos mesmos crimes, que terá praticado em coautoria com Mexia. O agora CEO da Greenvolt recebeu no ano passado 499 mil euros da EDP referentes ao exercício de 2019.
No entanto, ao contrário de Mexia, Manso Neto abdicou da cláusula de 'não concorrência' que lhe daria 1,7 milhões de euros.