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Douro Azul quer encomendar novos navios aos Estaleiros de Viana do Castelo

O presidente da Douro Azul afirmou esta sexta-feira que o Grupo tem a intenção de encomendar novos navios aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para a operação internacional e no rio Douro, que precisa ver melhoradas as infra-estruturas.

Paulo Duarte/ Negócios
19 de Setembro de 2014 às 16:16
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"Temos isso em mente [encomendar mais navios], esperemos que possa ser a West Sea, e estou certo que sim. Eles estão a fazer um bom trabalho como o que já fazíamos no passado em Aveiro, na Navalria. Mas estes navios têm de ser feitos em Viana porque não cabem na Navalria", disse Mário Ferreira, após a formalização da compra do navio Atlântida aos ENVC, que será transformado para fazer cruzeiros de luxo na Amazónia, no Brasil, a partir de 2016.

 

Na opinião do presidente da Douro Azul, será necessário "um navio por ano" para a operação da Mystic Cruises, empresa internacional do Grupo. O responsável anunciou ainda a intenção de encomendar navios para a navegação no rio Douro, mas deixou um alerta.

 

"Também esperamos a muito curto prazo ter umas encomendas para o Douro. Continua a existir muita demanda para navios no Douro. Acontece é que as infra-estruturas no Douro estão neste momento no seu máximo. Precisamos que as suas infra-estruturas em termos de docas e cais vão melhorando para que possamos materializar as encomendas que temos para o Douro", sublinhou Mário Ferreira.

 

O presidente da Douro Azul esteve hoje a bordo do Atlântida, que está atracado na Base do Alfeite, em Almada, para assinar o contrato de compra do navio aos ENVC por 8,750 milhões de euros.

 

"Foi um negócio diferente por todas as vicissitudes e por todos os sobes e desces da história desta embarcação. Felizmente que agora tem um futuro, tem um destino, tem um projecto. Para nós, como empresa, é um investimento muito bom, vamos ter de gastar muito dinheiro para o transformar, mas mesmo assim é uma boa compra", frisou Mário Ferreira.

 

O Atlântida foi construído nos ENVC, por encomenda do Governo dos Açores, que depois o rejeitaria em 2009 devido a um nó de diferença na velocidade máxima contratada.

 

Com 97,5 metros, tem capacidade para 750 passageiros e transporte de viaturas. Será alterado para funcionar como cruzeiro com 76 quartos duplos, capacidade para 156 passageiros e 100 tripulantes.

 

O navio vai partir a 30 de Setembro da Base do Alfeite em direcção aos estaleiros da West Sea, subconcessionária dos ENVC para a intervenção orçada em mais de seis milhões de euros.

 

"A vontade que eu tenho em levar este navio para Viana do Castelo é porque as equipas estão montadas, funcionam bem, sabem o que é a nossa clientela e nós gostamos em termos de layout, cores e materiais. Estão muito habituados a trabalhar connosco, por isso é muito mais fácil do que estar a ir agora para um outro estaleiro, onde temos de ensinar aquilo que é a cultura da empresa em termos deste tipo de navios", explicou Mário Ferreira.

 

A intervenção no Atlântida deverá estar concluída em Outubro de 2015, mês em que a Douro Azul espera que o navio atravesse o Oceano Atlântico em direcção ao Brasil, onde tem a sua primeira viagem comercial agendada para 2 de Janeiro de 2016.

 

Segundo o presidente da Douro Azul, o Atlântida vai mudar de nome e será utilizado para fazer a ligação entre Manaus, no Brasil, e Iquitos, no Peru, com passagem pela Colômbia.

 

Mário Ferreira diz que os preços ainda não estão fechados mas, no mínimo, cada passageiro terá de pagar 500 dólares por dia durante uma semana, tempo para completar os cerca de dois mil quilómetros da viagem.

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