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Donos da Marsans receberam indemnização de 500 mil antes da falência

Gerardo Diaz e Gonzalo Pascual fixaram salários de 20 mil euros dois meses antes da falência da empresa. Acabaram por receber indemnização de 500 mil euros antes da bancarrota.

07 de Março de 2012 às 18:06
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No dia 1 de Abril de 2010, dois meses antes de o grupo Marsans se declarar insolvente, os seus antigos proprietários, Gerardo Diaz e Gonzalo Pascual, decidiram incluir-se na lista de trabalhadores da Marsans, de acordo com o relatório da equipa de gestão de insolvência da empresa, a que o jornal "Cinco Dias" teve acesso.

Os dois empresários atribuíram a si próprios um ordenado líquido de 20.555 euros, que receberam, na íntegra, nos meses de Abril e Maio, e depois rescindiram contracto no dia 16 de Junho de 2010, seis dias depois do anúncio da venda do grupo à sociedade Posibilitumm. Ambos cobraram uma indemnização de 18.168 euros.

De acordo com a mesma fonte, para além destes montantes, os gestores receberam ainda uma retribuição de 370 mil euros, o que perfaz, no total, cerca de 500 mil euros encaixados pelos dois empresários.

A 24 de Junho de 2010, um dia antes da declaração de falência da Marsans, foi realizada uma transferência de 28 mil euros de indemnização para José María Pascual Arias, irmão de Gonzalo Pascual Arias "apesar do resto dos empregados não terem recebido o ordenado correspondente ao mês de Junho, e de nenhum empregado que deixou a empresa entre os meses de Abril e Junho ter recebido qualquer espécie de indemnização", pode ler-se no relatório dos administradores de insolvência nomeados pelo juiz, citado pelo Cinco Dias.

Assim, os administradores de insolvência solicitam ao juíz responsável pela falência da Marsans que os dois empresários sejam considerados culpados, e fiquem impossibilitados de gerir empresas durante 15 anos, para além de assumirem grande parte das perdas do Grupo com o seu património.

Esta quarta-feira retomou-se o julgamento do Grupo Marsans, com Gerardo Dias Ferran a responder pelo crime de apropriação indevida de 3,3 milhões de euros do Grupo Marsans. O empresário descartou responsabilidades do crime que é acusado, alegando que era o sócio quem tomava as decisões executivas do grupo.
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