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Donos de restaurantes nos EUA estão prontos para era pós-covid

Em 2020, um número recorde de restaurantes fechou portas para sempre nos Estados Unidos. Em 2021, os sobreviventes do setor veem uma oportunidade sem precedentes.

EPA/Lusa
21 de Março de 2021 às 16:00
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Proprietários em crise estão a oferecer mais concessões do que nunca para alugar imóveis, enquanto a promessa de regresso à normalidade com as vacinas - e uma nova ronda de estímulos do governo - deve libertar a procura reprimida para comer fora, abrindo caminho a uma série de inaugurações de restaurantes até ao próximo ano.

 

É uma paisagem muito irregular. Enquanto a maior parte dos cerca de 91 mil restaurantes e bares que fecharam em 2020 eram pequenos estabelecimentos familiares, muitos dos que estão agora com pressa de abrir são redes ou conveniências da era covid, como cozinhas fantasma.

 

Isso não só sinaliza uma rápida aceleração de uma tendência de décadas de restaurantes locais a darem lugar a empresas apoiadas por grandes corporações, como destaca, mais uma vez, como a pandemia exacerbou a desigualdade que marca quase todas as facetas da economia dos EUA: empresas fortes, com muito dinheiro, estão a prosperar, enquanto os mais fracos lutam para sobreviver.

"É uma economia de quem tem e quem não tem", disse Camille Renshaw, diretora da B+E Brokerage, uma corretora de imóveis comerciais especializada em propriedades de um único inquilino que costuma trabalhar com redes de restaurantes. "Os que têm linhas de crédito estão a aceder a essas linhas e a usá-las de forma bastante oportunista agora."

 

A Chipotle Mexican Grill planeia abrir 200 unidades este ano. A C3, que opera as chamadas redes "fast casual" e cozinhas fantasma que preparam comida só para entrega, espera assinar 300 novos contratos. Operadores de restaurantes de luxo, como Jason Berry, fundador da Knead Hospitality + Design, também veem uma oportunidade.

"Quando a poeira baixar, não haverá melhor momento do ponto de vista financeiro para dar um mergulho empresarial", disse Berry, cuja empresa opera restaurantes na área de Washington, DC. Ele espera uma forte recuperação em 2022 e 2023.

Obviamente, a oportunidade decorre em grande parte de encerramentos generalizados após restrições de capacidade, vendas em queda e novos custos operacionais. Depois dos encerramentos sem precedentes no ano passado, outros 26 mil restaurantes devem fechar em 2021 devido à contínua queda da procura na pandemia, de acordo com estimativa da Technomic, uma empresa de pesquisa de Chicago especializada na indústria de food service. O crescimento deve acelerar no próximo ano e continuar até 2025.

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