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Disney e YouTube juntam-se à Netflix e Meta no boicote à Rússia

São já várias as plataformas digitais a restringir conteúdos russos e a impedir o acesso da Rússia aos seus produtos.

2º Youtube
01 de Março de 2022 às 10:05
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A Disney anunciou esta segunda-feira que não vai lançar novos filmes na Rússia devido à invasão da Ucrânia.

"Dada a invasão não provocada da Ucrânia e a trágica crise humanitária faremos uma pausa no lançamento dos nossos filmes na Rússia", informou, em comunicado.

A empresa acrescentou que "tomaria futuras decisões empresariais" à medida que a situação evolui e prestaria ajuda humanitária através de organizações não-governamentais parceiras.

Imediatamente após o anúncio da Disney, a Warner Bros. disse que vai cancelar a estreia russa de "The Batman", marcada para sexta-feira.

Já a Netflix confirmou na segunda-feira que não vai cumprir a nova lei audiovisual da Rússia, que exigia à plataforma incluir cerca de 20 canais públicos para operar no país.

A legislação, prevista para entrar em vigor hoje, exige que a Netflix e outros serviços audiovisuais transmitam conteúdos de meios de comunicação social associados ao Kremlin, tais como o Canal Um, a rede de entretenimento NTV e o Canal da Igreja Ortodoxa.

Já o YouTube anunciou esta terça-feira o bloqueio dos canais russos RT e Sputnik em toda a Europa, uma decisão tomada na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A decisão foi confirmada pela plataforma num email enviado e citado pela agência France Presse (AFP), referindo que a mesma tem "efeito imediato".

"Estamos a bloquear os canais RT e Sputnik do YouTube em toda a Europa, com efeito imediato", refere a plataforma, acentuando que os seus sistemas "necessitam de algum tempo até ficarem completamente operacionais" e garantindo que as suas equipas estão "a monitorizar 24 horas por dia para atuar o mais rapidamente possível".

A decisão do YouTube vem juntar-se à de outras plataformas digitais, como o Facebook e a Instagram, com a empresa tecnológica Meta a confirmar que irá restringir o acesso nas redes sociais Negao canal RT e à agência Sputnik, meios de comunicação social controlados pelo Governo russo, a pedido da UE.

O Twitter, outra rede social norte-americana, também anunciou na segunda-feira que irá acrescentar um aviso às ligações de partilha de mensagens e notícias dos meios de comunicação social controlados pelo Kremlin e também tentar reduzir a circulação na plataforma.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
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