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Director-geral da Caixa BI em Espanha fica em liberdade

Fernando Vega-Penichet tinha sido detido na segunda-feira, no âmbito das investigações a indícios de crimes relacionados com património do seu sogro, o ex-banqueiro Mario Conde. Os restantes detidos são presentes ao juiz esta quarta-feira.

13 de Abril de 2016 às 12:52
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O genro do ex-banqueiro Mario Conde (na foto), Fernando Guasch Vega-Penichet, que é também director-geral para Espanha do CaixaBI (o banco de investimento da portuguesa Caixa Geral de Depósitos), foi colocado em liberdade esta terça-feira, 12 de Abril, um dia depois de ter sido detido no âmbito das investigações a suspeitas de branqueamento de capitais.

Segundo a agência noticiosa EFE, que cita fontes da investigação não identificadas, Vega-Penichet foi o único dos sete detidos a ser colocado em liberdade mas continua a ter o estatuto de investigado, aguardando que o juiz Santiago Pedraz, da Audiência Nacional, decida se deve ou não depor perante a justiça. A mulher, Alejandra, continua detida.

A Caixa Geral de Depósitos esclareceu na segunda-feira ser alheia aos motivos que levaram a esta detenção. Vega-Penichet está, de acordo com o seu perfil pessoal na rede social Linkedin, há nove anos na instituição em Espanha.

Mario Conde está a ser presente ao juiz Pedraz esta quarta-feira, 13 de Abril, em Madrid. Sobre o antigo banqueiro líder do Banesto (banco que nos anos 90 chegou a controlar o português Totta & Açores), tal como os dois filhos, Mario e Alejandra, pendem indícios de crimes relacionados com a transferência de património não declarado para Espanha.

De acordo com o El País, que cita fontes da investigação, Conde terá colocado em contas na Suíça, no Reino Unido e em seis outros países uma quantia indeterminada em dinheiro que terá tido origem no desvio de fundos quando foi presidente do Banesto.

A partir de 1999, começou a repatriar esse dinheiro para Espanha, em pequenas quantias, chegando o valor a ascender a 13 milhões de euros, através da prestação fictícia de serviços entre empresas sedeadas no país vizinho e no estrangeiro e de aumentos de capital fantasmas. Os restantes detidos seriam os testas-de-ferro de Conde, que respondiam pelo património que afinal seria do ex-banqueiro.

Além dos indícios de branqueamento de capitais, a operação "Fénix" visa ainda crimes de organização criminal, obstrução à administração e delitos fiscais. Penalistas contactados pelo jornal Expansión estimam que estes crimes podem levar Conde a ser condenado a uma pena de 12 anos de prisão.

Os suspeitos deverão conhecer ainda hoje quais as medidas de coação a aplicar pelo juiz.

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