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Dez antigos executivos da Parmalat condenados a penas de prisão
O tribunal de Milão condenou, ontem com penas de prisão, dez antigos executivos da Parmalat e um advogado, devido à sua relação com o colapso financeiro da empresa italiana.
O tribunal de Milão condenou, ontem com penas de prisão, dez antigos executivos da Parmalat e um advogado, devido à sua relação com o colapso financeiro da empresa italiana.
Esta foi a primeira sentença relacionada com o julgamento das fraudes contabilísticas que levaram à falência da Parmalat, num escândalo que envolveu também os principais bancos de investimento do mundo, como o Citigroup e a UBS.
De acordo com o «Financial Times», as sentenças resultaram de acordos entre a justiça italiana e os acusados, sendo que entre eles estão três antigos administradores financeiros e dois membros da família Tanzi, que é a fundadora da Parmalat.
A pena mais elevada, de 30 meses, foi para Fausto Tonna, o último administrador financeiro que confessou ter tido um papel relevante nos esquemas montados para maquilhar as contas da empresa de lacticínios.
As investigações focaram-se em antigos empregados, auditores e bancos de investimento, que foram acusados de ter tido um papel importante no colapso da Parmalat, ajudando a encobrir as fraudes contabilísticas.
A maior parte das sentenças ontem conhecidas dizem respeito a acusações de prestar informações falsas ao mercado e obstruir as investigações das entidades reguladoras, crimes que podem originar penas de até cinco anos de prisão.
Só que, de acordo com a lei italiana, nenhum dos condenados de ontem devem levar os arguidos a serem efectivamente presos, pois estes podem ficar prisão domiciliária, com termo de identidade e residência.
Isto apesar de os procuradores de Itália estarem a acusar dezenas de antigos empregados da Parmalat (incluído alguns já ontem condenados), com processos que podem originar penas de até 10 ano de prisão.
O julgamento de Calisto Tanzi, fundador e antigo presidente da empresa, está agendado para Setembro.