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Desconvocada greve dos motoristas

O sindicato dos motoristas de matérias perigosas vai retomar as negociações com o governo e com a Antram na próxima terça-feira, mas avisa que se a intransigência dos patrões se mantiver, haverá novas greves às horas extraordinárias, fins de semana e feriados.

Bruno Colaço/Cofina
18 de Agosto de 2019 às 19:46
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Ao sétimo dia de greve dos motoristas, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) decidiu acabar com a paralisação.

 

O anúncio foi feito pelo vice-presidente e porta-voz do sindicato, Pedro Pardal Henriques, e confirmado pelo presidente, Francisco São Bento, no final de um plenário de trabalhadores que se realizou este domingo em Aveiras de Cima.

 

A paralisação, que começou na segunda-feira, dia 12 de agosto, foi inicialmente convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas (SIMM), mas este último desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.

Findo o plenário de trabalhadores, que durou cerca de três horas, Pardal Henriques anunciou, em declarações aos jornalistas, o fim da paralisação dos motoristas.

"Queria anunciar a todos os portugueses que, tendo em conta que estão reunidas todas as condições para podermos negociar com a Antram e com o Governo, foi deliberado hoje, aqui no nosso plenário, desconvocar a greve", declarou o porta-voz do SNMMP.

O presidente do sindicato, Francisco São Brento, sublinhou, contudo, que se a Antram demonstrar uma posição intransigente na reunião que está agendada para a próxima terça-feira, 20 de agosto, o sindicato vai continuar a lutar pelos direitos dos motoristas, recorrendo às medidas que considerar adequadas, incluindo "greves às horas extraordinárias, fins de semana e feriados".

"Os associados do SNMMP deliberam desconvocar a greve que teve início no passado dia 12 de agosto e, caso a Antram mostre uma postura intransigente na reunião do próximo dia 20 de agosto, mandatar a direção do SNMMP para continuar a desencadear todas as diligências consideradas adequadas à defesa dos motoristas de matérias perigosas incluindo o recurso à medida mais penalizante, nomeadamente a convocação de greves às horas extraordinárias, fins de semana e feriados para que os interesses dos motoristas sejam efetivamente assegurados", afirmou o presidente do sindicato.

A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.

No sábado ao final do dia, o Ministério do Ambiente e Transição Energética disse que a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação".


(Notícia atualizada às 20:21)
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